Efeito de um programa de estimulação cognitiva em idosos institucionalizados

Publication year: 2019

No processo de envelhecimento surgem as alterações cognitivas que causam incapacidades e limitações, nomeadamente, diminuição da mobilidade, tomada de decisão, perda de memória, dificuldade na gestão das rotinas diárias, entre outras. Alguns estudos mostram que a institucionalização pode afetar negativamente a função cognitiva, sendo o resultado do sedentarismo ou falta de incentivo. Contudo, a “estimulação cognitiva” associada à participação em atividades de grupo e discussões procuram melhorar o funcionamento cognitivo.

Metodologia:

Estudo descritivo, quantitativo e longitudinal, com uma metodologia que envolveu a aplicação de um programa de intervenção na população idosa, com dois momentos de avaliação (antes e após a intervenção de seis semanas) por forma a observar se ocorreram mudanças com o programa aplicado. A questão de investigação procura perceber “Em que medida o declínio cognitivo pode ser minimizado/evitado com um programa de estimulação cognitiva durante a institucionalização?”.

Objetivos:

1) Conhecer a capacidade cognitiva, o funcionamento e a qualidade de vida relacionada com a saúde dos idosos institucionalizados, antes e pós aplicação do programa de estimulação cognitiva; 2) Conhecer a prevalência do declínio cognitivo em função das variáveis sociodemográficas; 3) Verificar a associação entre a idade, o tempo de institucionalização e o declínio cognitivo; 4) Explorar a relação entre qualidade de vida relacionada com a saúde e o declínio cognitivo.

Resultados:

Observou-se um impacto positivo e melhorias significativas entre o antes e após a implementação do programa, especialmente no mini exame do estado mental, no teste do relógio, na escala de medição de qualidade de vida e escala visual analógica do seu estado de saúde (EQ 5D 3L).

Conclusões:

A intervenção constitui um momento de estimulação, partilha e aprendizagem que se refletiu na qualidade de vida dos idosos.
In the aging process, cognitive changes that cause disabilities and limitations, such as decreased mobility, decision making, loss of memory, difficulty in managing daily routines, and other problems arise. Some studies show that institutionalization can negatively affect cognitive function, being the result of sedentarism or lack of incentive. However, "cognitive stimulation" associated with participation in group activities and discussions seek to improve cognitive functioning.

Methodology:

Descriptive , quantitative and longitudinal study, with a methodology that involved the application of an intervention program in the elderly population, with two moments of evaluation (before and after the intervention of six weeks) in order to observe if they occurred changes with the program applied.

The research question attempts to understand:

"To what extent can cognitive decline be minimized / avoided with a cognitive stimulation program during institutionalization?”.

Objectives:

1) To know the cognitive capacity, the functioning and the quality of life related to the health of the institutionalized elderly before and after the implementation of a cognitive stimulation program; 2) To determine the prevalence of cognitive decline in the light of demographic variables; 3) To verify the association between the age, the time of institutionalization and the cognitive decline; 4) To explore the relationship between quality of life related to health and cognitive decline.

Results:

There was a positive impact and significant improvements between before and after the implementation of the program, especially in the mini mental state examination, the clock test, the quality of life measurement scale and the visual analog scale of his health status (EQ 5D 3L).

Conclusions:

The intervention constitutes a moment of stimulation, sharing and learning that is reflected in the quality of life of the elderly.