Estado de ânimo da mãe de criança no pós-parto e puerpério

Publication year: 2019

O estado de ânimo da mãe no pós-parto e puerpério tem vindo a merecer atenção crescente, pois é uma alteração que compromete o estado emocional e todo o seu comportamento no processo da adaptação no pós-parto. As alterações do estado de ânimo podem ser decorrentes do parto, pelo que a avaliação da autoestima é fundamental para identificar o risco do desenvolvimento de depressão. Os sintomas depressivos apresentados pela mãe, manifestam-se muitas das vezes por ansiedade, sentimentos de culpa, alterações do humor, desinteresse pela vida, menor desempenho nas suas atividades, insónia, stress, tristeza, abatimento, choro e solidão, cansaço físico e insegurança na prestação de cuidados ao filho. A investigação é de metodologia quantitativa, estudo observacional, descritivo, correlacional e transversal. Tem por objetivo avaliar o estado de ânimo da mãe de criança no pós-parto e puerpério. O instrumento de colheita de dados foi o questionário, constituído por questões de caraterização sociodemográficas, escala de Graffar, escala de APGAR Familiar, escala de Avaliação das Alterações Psicoemocionais do Puérperio e Escala de Edimburgo. A amostra é composta por 53 mães, cuja média de idades é 32,43 anos, 86,8% são casadas, 77,4% vivem em zona urbana e 35,8% são licenciadas. A maioria das mães 71,7% estão empregadas a tempo completo, residem em zona urbana 77,4%. Das mães 92,4% frequentaram a consulta de preparação para o parto. Relativamente à profissão 28,3% das mães trabalham no ramo da saúde. Quanto ao número de gravidezes 69,8% das mães estiveram grávidas uma vez, 24,5% estiveram grávidas duas vezes, 81,1% das mães tiveram um parto 15,1% tiveram dois partos e 3,8% tiveram três partos. 41,5% das mães fizeram cesariana, 41,5% tiveram parto normal-vaginal e 17% tiveram parto vaginal-forceps/ventosa. Das mães 81,1% tem um filho vivo, 15,1% tem dois filhos vivos e 3,8% tem 3 filhos vivos. Das mães 79,2% referiram nunca ter abortado, (17%) referiram ter tido um aborto. 54,7% das mães referem estar a amamentar. Relativamente à classe social das mães, através da escala de Graffar, 35,8% enquadram-se na classe 1 - família de classe alta, 32,1% enquadram-se na classe 2 - família de classe média alta, 26,4% enquadram-se na classe 3 - família de classe média e 5,7% enquadram-se na classe 5 - família de classe baixa. Constatamos a existência de relação estatisticamente significativa entre as variáveis, habilitações, profissão, a classe social e local de residência em relação à escala de Graffar (p<0,05). Relativamente à funcionalidade familiar através da escala de APGAR Familiar constatamos que, 83% das mães vivem em famílias altamente funcionais, 15,1% são de famílias moderadamente funcionais e 1,9% é de família com acentuada disfunção. Relativamente ao estado de ânimo, segundo a escala de Edimburgo, constatamos que 18,9% das mães tem probabilidade de ficar deprimidas (score>12) e 81,1% das mães sem probabilidade de depressão. A escala de Edimburgo tem relação estatisticamente significativa com a escala de Avaliação das Alterações Psicoemocionais do Puérperio (p=0,000) e suas dimensões, ansiedade (p=0,000), sentimentos depressivos (p=0,000) e preocupação (p=0,000), com a funcionalidade familiar “escala de APGAR” (p=0,037), e classe social “escala de Graffar” (p=0,010). No que concerne ao estado de ânimo, segundo a escala de avaliação das alterações psicoemocionais do puérperio, pela análise das três dimensões, contatamos que os níveis de ansiedade das mães variam entre o mínimo de 7 e máximo de 40 com uma média é de 20,79. Quanto à dimensão, “sentimentos depressivos”, as mães apresentam, níveis depressivos que oscilam entre um mínimo de 4 e o máximo de 20, com uma média de 9,85. No que respeita à dimensão “preocupação” das mães, os níveis variam entre 4 e 20 com a média de 8,94. Tendo em conta os resultados apresentados, não se revela na generalidade grande probabilidade das mães verem o seu estado de “ânimo” alterado. Contudo realçamos o contributo da atividade dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Familiar e Comunitária na obtenção de melhores níveis do estado de ânimo da mãe no Pós-parto e Puerpério.
O estado de ânimo da mãe no pós-parto e puerpério tem vindo a merecer atenção crescente, pois é uma alteração que compromete o estado emocional e todo o seu comportamento no processo da adaptação no pós-parto. As alterações do estado de ânimo podem ser decorrentes do parto, pelo que a avaliação da autoestima é fundamental para identificar o risco do desenvolvimento de depressão. Os sintomas depressivos apresentados pela mãe, manifestam-se muitas das vezes por ansiedade, sentimentos de culpa, alterações do humor, desinteresse pela vida, menor desempenho nas suas atividades, insónia, stress, tristeza, abatimento, choro e solidão, cansaço físico e insegurança na prestação de cuidados ao filho. A investigação é de metodologia quantitativa, estudo observacional, descritivo, correlacional e transversal. Tem por objetivo avaliar o estado de ânimo da mãe de criança no pós-parto e puerpério. O instrumento de colheita de dados foi o questionário, constituído por questões de caraterização sociodemográficas, escala de Graffar, escala de APGAR Familiar, escala de Avaliação das Alterações Psicoemocionais do Puérperio e Escala de Edimburgo. A amostra é composta por 53 mães, cuja média de idades é 32,43 anos, 86,8% são casadas, 77,4% vivem em zona urbana e 35,8% são licenciadas. A maioria das mães 71,7% estão empregadas a tempo completo, residem em zona urbana 77,4%. Das mães 92,4% frequentaram a consulta de preparação para o parto. Relativamente à profissão 28,3% das mães trabalham no ramo da saúde. Quanto ao número de gravidezes 69,8% das mães estiveram grávidas uma vez, 24,5% estiveram grávidas duas vezes, 81,1% das mães tiveram um parto 15,1% tiveram dois partos e 3,8% tiveram três partos. 41,5% das mães fizeram cesariana, 41,5% tiveram parto normal-vaginal e 17% tiveram parto vaginal-forceps/ventosa. Das mães 81,1% tem um filho vivo, 15,1% tem dois filhos vivos e 3,8% tem 3 filhos vivos. Das mães 79,2% referiram nunca ter abortado, (17%) referiram ter tido um aborto. 54,7% das mães referem estar a amamentar. Relativamente à classe social das mães, através da escala de Graffar, 35,8% enquadram-se na classe 1 - família de classe alta, 32,1% enquadram-se na classe 2 - família de classe média alta, 26,4% enquadram-se na classe 3 - família de classe média e 5,7% enquadram-se na classe 5 - família de classe baixa. Constatamos a existência de relação estatisticamente significativa entre as variáveis, habilitações, profissão, a classe social e local de residência em relação à escala de Graffar (p<0,05). Relativamente à funcionalidade familiar através da escala de APGAR Familiar constatamos que, 83% das mães vivem em famílias altamente funcionais, 15,1% são de famílias moderadamente funcionais e 1,9% é de família com acentuada disfunção. Relativamente ao estado de ânimo, segundo a escala de Edimburgo, constatamos que 18,9% das mães tem probabilidade de ficar deprimidas (score>12) e 81,1% das mães sem probabilidade de depressão. A escala de Edimburgo tem relação estatisticamente significativa com a escala de Avaliação das Alterações Psicoemocionais do Puérperio (p=0,000) e suas dimensões, ansiedade (p=0,000), sentimentos depressivos (p=0,000) e preocupação (p=0,000), com a funcionalidade familiar “escala de APGAR” (p=0,037), e classe social “escala de Graffar” (p=0,010). No que concerne ao estado de ânimo, segundo a escala de avaliação das alterações psicoemocionais do puérperio, pela análise das três dimensões, contatamos que os níveis de ansiedade das mães variam entre o mínimo de 7 e máximo de 40 com uma média é de 20,79. Quanto à dimensão, “sentimentos depressivos”, as mães apresentam, níveis depressivos que oscilam entre um mínimo de 4 e o máximo de 20, com uma média de 9,85. No que respeita à dimensão “preocupação” das mães, os níveis variam entre 4 e 20 com a média de 8,94. Tendo em conta os resultados apresentados, não se revela na generalidade grande probabilidade das mães verem o seu estado de “ânimo” alterado. Contudo realçamos o contributo da atividade dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Familiar e Comunitária na obtenção de melhores níveis do estado de ânimo da mãe no Pós-parto e Puerpério.The mother's mood in the postpartum and postpartum period deserves increasing attention because it is a change that compromises the emotional state and all her behavior in the postpartum adaptation process. Changes in mood may be due to childbirth, so self-esteem assessment is critical to identifying the risk of developing depression. The depressive symptoms presented by the mother often manifest themselves as anxiety, feelings of guilt, mood swings, disinterest in life, poor performance in their activities, insomnia, stress, sadness, sadness, crying and loneliness, physical tiredness and insecurity. in providing care to the child. The research is quantitative methodology, observational, descriptive, correlational and cross-sectional study. It aims to evaluate the mood of the mother of a child in the postpartum and postpartum period. The data collection instrument was the questionnaire, which consisted of questions of sociodemographic characterization, Graffar scale, Familial APGAR scale, Evaluation scale of Puerperal Psycho-Emotional Changes and Edinburgh Scale. The sample consists of 53 mothers, whose average age is 32.43 years, 86.8% are married, 77.4% live in urban areas and 35.8% are licensed. Most mothers 71.7% are employed full time, living in urban areas 77.4%. Of the mothers, 92.4% attended the birth preparation consultation. Regarding the profession 28.3% of mothers work in the health sector. Regarding the number of pregnancies 69.8% of the mothers were pregnant once, 24.5% were pregnant twice, and 81.1% of the mothers had a birth 15.1% had two births and 3.8% had three births. 41.5% of the mothers had cesarean section, 41.5% had normal-vaginal delivery and 17% had vaginal-forceps / suction delivery. Of the mothers 81.1% have one live child, 15.1% have two live children and 3.8% have 3 live children. Of the mothers 79.2% reported never having an abortion, (17%) reported having had an abortion. 54.7% of mothers report being breastfeeding. Regarding the social class of mothers, through the Graffar scale, 35.8% fall into class 1 - upper class family, 32.1% fall into class 2 - upper middle class family, 26.4% fall into class 3 - middle class family and 5.7% fall into class 5 - lower class family. We found the existence of relationship statistically significant difference between variables, qualifications, profession, social class and place of residence in relation to the Graffar scale (p <0.05). Regarding family functionality through the Family APGAR scale we found that 83% of mothers live in highly functional families, 15.1% are from moderately functional families and 1.9% are from families with marked dysfunction. Regarding mood, according to the Edinburgh scale, we found that 18.9% of mothers have a problem of becoming depressed (score> 12) and 81.1% of mothers with no probability of depression. In relation to the Edinburgh scale, it has a statistically significant relationship with the Puerperium Psycho-Emotional Changes Assessment scale (p = 0.000) and its dimensions, anxiety (p = 0.000), depressive feelings (p = 0.000) and worry (p = 0.000), with the familiar functionality “APGAR scale” (p = 0.037), and social class “Graffar scale” (p = 0.010). Regarding mood, according to the evaluation scale of postpartum psycho-emotional changes, by analyzing the three dimensions, we found that the anxiety levels of mothers range from a minimum of 7 to a maximum of 40 with an average of 20, 79. Regarding the dimension, "depressive feelings", mothers have depressive levels ranging from a minimum of 4 to a maximum of 20, with an average of 9.85. Concerning the “concern” dimension of mothers, the levels vary between 4 and 20 with an average of 8.94. Given the results presented, it is generally not likely that mothers will see their mood changed. However, we highlight the contribution of the activity of nurses specializing in Family and Community Health Nursing in obtaining better levels of mood of the mother in the Postpartum and Puerperium.