Capacitação de leigos em suporte básico de vida

Publication year: 2019

A maioria das situações que provocam paragem cardiorrespiratória (PCR) ocorrem fora dos hospitais, e muitas vezes longe de profissionais de saúde, o que implica que o cidadão seja o primeiro interveniente nestas situações, assim, quando as manobras de suporte básico de vida (SBV) são iniciadas por alguém que presenciou a PCR, em contexto extrahospitalar, a taxa de sobrevivência das vítimas pode aumentar para o dobro ou o triplo. A formação em suporte básico de vida na comunidade, constitui-se uma ferramenta primordial para a prestação inicial de cuidados de saúde em situação de emergência, tornando-se importante a implementação de projetos de intervenção comunitária com programas de formação e informação em SBV para a população leiga. Compete às Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), através dos enfermeiros especialistas em enfermagem comunitária, a prestação de cuidados de saúde no seio da comunidade, bem como a realização de educação para a saúde no sentido da capacitação e empowerment de indivíduos, grupos e comunidades. Este trabalho tem como objetivo principal planear, implementar e avaliar um programa de formação em suporte básico de vida (SBV) dirigido a pessoas leigas da comunidade. Utilizou-se uma metodologia quantitativa e desenhou-se um estudo analítico, quaseexperimental, com delineamento intragrupos, com a participação de 130 indivíduos. Os resultados do estudo mostram que o sexo e a idade não interferem na adquisição de conhecimentos em SBV, existindo diferenças estatisticamente significativas no que às habilitações literárias diz respeito. A média de conhecimentos global após a formação foi superior à média que os participantes detinham antes da formação, também com diferenças estatisticamente significativas. Assim, concluiu-se que a população leiga tem poucos conhecimentos em SBV, existindo necessidade de formar leigos em SBV, com o objetivo de os capacitar para atuarem corretamente nestas situações e poderem contribuir para a redução das taxas de morbilidade e mortalidade de vítimas em PCR extra-hospitalar.
Most of the situations that cause cardiopulmonary arrest (CPA) happen out of hospitals and often, far away from health professionals, implying that normal citizens are the first to act and, thus, when basic life support (BLS) manoeuvres are begun by someone who witnessed the situation in extra hospital contexts, survival rates may double or triple. Training in basic life support in the community, is coated as a primary tool for the initial provision of emergent health care, and so it is important to implement community intervention projects with training and information programs in BLS to lay population. It is the responsibility of the Community Care Units (CCU), through specialist nurses in community nursing, to provide health care within the community, as well as health education to enable and empowerment of individuals, groups and communities. This research has as main objective to plan, implement and evaluate a training program in basic life support to lay people. It was used a quantitative methodology and a quasiexperimental study with intra groups delineaton was designed, with a sample of 130 individuals. Results show that sex and age do not interfere in the acquisition of knowledge in BLS, but there are significant differences to what scholarship concerns. The average of knowleges after the training was higher than before it. Global average after training was also higher than before with statistical significance. Thus, it is concluded that since the lay population has little knowledge on BLS, there is the need to train them in BLS, in order to enable them to act and thus, contribute to reduce the morbidity and mortality rates of victims in extra-hospital CPA.