Qualidade de vida percebida pelas crianças, adolescentes e seus pais

Publication year: 2018

Enquadramento:

O impacto da qualidade de vida das crianças e adolescentes repercute-se no seu desenvolvimento enquanto adulto pelo que importa intervir o mais precocemente possível na sua promoção.

Questões de investigação:

Qual a qualidade de vida percebida pelas crianças/adolescentes e seus pais? Em que medida a qualidade de vida se relaciona com as variáveis sociodemográficas (idade, sexo e ano de escolaridade).

Objetivos:

Caraterizar o nível de qualidade de vida das crianças e adolescentes em contexto escolar e comparar a sua perspetiva com a dos seus pais.

Métodos:

Estudo quantitativo, descritivo e correlacional, numa amostra não probabilística e de conveniência, constituída por crianças e adolescentes. Utilizamos um questionário (Ad hoc) com questões de caraterização sociodemográficas e uma escala de faces da qualidade de vida. Foram cumpridos todos os procedimentos éticos na salvaguarda do consentimento informado dos pais, anonimização dos respondentes e solicitada autorização à Direção Geral de Educação.

Resultados:

Inquirimos 567 crianças/adolescentes com idade média de 12,40 anos (±1,591), sendo 50,6% do sexo feminino. Responderam 592 pais ao questionário (versão pais), com idade média de 40,43 (±2,586), sendo 84,8% do sexo feminino. Apuramos que 97.9% das crianças/adolescentes apontam boa qualidade de vida e 2.1% má, com valor médio de 8.45 (±1.55). Os valores referidos pelos pais são semelhantes (M=8.30±1.5), não se verificando significância estatística.

Conclusões:

As perceções subjectivas da qualidade de vida constituem dados importantes para a promoção da saúde e são indicadores relevantes na área da saúde pública. Embora os nossos dados revelem boa qualidade de vida, propõe-se uma intervenção na escola com abordagem dos factores promotores da saúde mental e de desenvolvimento.

Problem Statement:

The impact of children’s and adolescents’ quality of life is reflected in their development as adults, therefore it is important to intervene as soon as possible in order to encourage it.

Research Questions:

Which is the quality of life perceived by children/adolescents and their parents? How does quality of life connect with sociodemographic variables (age, sex, and schooling age).

Purpose of the Study:

Characterize the quality of life of children and adolescents in a school context and compare their perspective with the one of their parents; to analyze the influence of sociodemographic variables on the quality of life perceived by children/adolescents.

Research Methods:

Quantitative study, descriptive and correlational, in a non-probabilistic and of convenience sample, composed by children/adolescents and parents. We used a questionnaire (Ad hoc) with sociodemographic characterization questions and a scale of quality of life faces. All ethical procedures were fulfilled in safeguarding the informed consent of parents, anonymization of the respondents and authorization was requested at the Direção Geral de Educação.

Findings:

We inquired 567 children/adolescents with an average age of 12,40 years (±1,591), 50,6% being female. 592 parents answered the questionnaire (parent version), with the average age of 40,43(±2,586), 84,8% being female. We found that 97.9% of the children/adolescents indicate good quality of life and 2.1% indicated a bad one, with an average value of 8.45 (±1.55). The data referred by the parents are similar (M=8.30±1.5), the difference not being statistically significant.

Conclusions:

Subjective perceptions of quality of life institute important data to promote health and are relevant indicators in the area of public health. Although our data reveals good quality of life, an intervention at school with an approach to the factors that promote mental health and development is suggested.