Risco de queda no idoso em contexto comunitário
Publication year: 2019
O envelhecimento da população é um fenómeno social que afeta a população mundial e cujas alterações resultantes, contribuem para o aumento da ocorrência de quedas em indivíduos com idades iguais ou superiores a 65 anos. O presente estudo teve como objetivos gerais avaliar o risco de queda nos idosos inscritos nas equipas de saúde do CS de Viana do Castelo e identificar fatores de risco. Baseou-se num estudo observacional, de tipologia transversal com uma abordagem quantitativa e uma tipologia de amostragem não probabilística, por conveniência e proporcional por UF, com um nível de confiança de 95% e um erro amostral de 5%. Para a recolha da informação, utilizou-se um questionário que contém a escala de Morse, o índice de Barthel e o questionário de saúde e identificação de fatores de risco de queda. No tratamento de dados efetuou-se uma análise estatística descritiva e inferencial, recorrendo ao programa informático SPSS versão 23. Participaram no estudo 369 idosos com idades compreendidas entre os 65 e 96 anos, com uma perceção atual do seu estado geral saúde, de visão e audição razoável; 25,2% apresentaram algum tipo de dependência para as AVD´s e 34,5% risco de queda. As quedas ocorreram maioritariamente dentro de casa (58,4%); por “escorregão” (33,6%) e por “tropeção” (32,8%); enquanto caminhavam (50,4%); com uma média de 5,71 dias em que estiveram impossibilitados de realizar as atividades de vida diária tarefas diárias. Resultaram em lesão 53,6% das quedas, das quais 37,3% de feridas traumáticas seguida de 23,9% de fraturas, sendo os membros superiores os locais do corpo mais prevalentes (43,8%). Sofreram pelo menos uma queda 33,9% das pessoas idosas, nos últimos 12 meses e desses 77,6% recorreram aos serviços de saúde. Verificou-se uma correlação entre o risco de queda e a idade (p=0,000), sendo mais elevado nos mais idosos; uma correlação entre o risco de queda e a dependência (p=0,000), sendo mais elevado nos idosos dependentes e a ausência de relação entre o risco de queda e o sexo (p=0,589). Concluiu-se que o risco de queda é muito elevado para esta população, sendo importante a realização de mais estudos de investigação sobre a referida problemática e o desenvolvimento de intervenções individuais, à família e comunidade, recorrendo a parcerias comunitárias, baseadas no planeamento em saúde com o objetivo de prevenir as quedas nos idosos.
The population’s aging is a social phenomenon that affects the world's population, whose resulting changes, contribute to the increased occurrence of falls in individuals with 65 years or more. The present study had as general objectives to evaluation of the risk of falls in the elderly enrolled in the health teams from the CS of Viana do Castelo and to identify risk factors. It was based on a observational, transversal and quantitative study, with a sampling typology that was non-probabilistic, for convenience and proportional by functional unit, with a confidence level of 95% and a sampling error of 5%. For information collection, was used a questionnaire that contains the Morse scale, Barthel’s index and the health questionnaire and identification of risk factors for falls. In the data processing a descriptive and inferential statistical analysis was carried out, using the SPSS software version 23. The study involved 369 elderly people aged between 65-96 years, with a current perception of their general health, vision and reasonable hearing; 25,2% had some type of dependence for ADL´s and 34,5% had a fall risk. The falls occurred mostly in the home (58,4%), by "sliding" (33,6%) and by "stumbling" (32,8%); when walking (50,4%); with an average of 5,71 days in witch they were unable to perform daily life activities. Resulted in injury 53,6% of the falls, 37,3% of traumatic injuries followed by 23,9% of fractures, the most prevalent body sites were the upper limbs (43,8%). Suffered at least one fall 33,9% of the elderly, in the last 12 months and 77,6% of them went to health services. It was verified a correlation between the falls risk and age (p = 0.000), being higher in the elderly; a correlation between falls risk and dependence (p = 0.000), being higher in the older dependent and no relation between the falls risk and sex (p = 0.589) It was concluded that the risk of falling is very high for this population, and it is of great importance to carry out more research on this subject and to develop individual interventions, to the family and community, using community partnerships based on health planning with the aim of preventing falls in the elderly.