Qualidade de vida auto percecionada e nível de atividade física após cirurgia bariátrica

Publication year: 2018

Avaliar a relação entre a qualidade de vida auto percecionada, o índice de massa corporal (IMC) e o nível de atividade física 5 meses após a cirurgia bariátrica.

Método:

estudo transversal de natureza quantitativa com 40 mulheres (idade = 45,18±10,98 anos) submetidas a cirurgia bariátrica.

A recolha dos dados foi realizada em três períodos:

dia anterior à cirurgia, 3 e 5 meses após a cirurgia. Foi realizada nos três períodos a avaliação antropométrica (peso e altura), avaliação do estado de saúde (escala SF-36) e avaliação do nível de atividade física (escala internacional de atividade física). Recorreu-se à análise estatística descritiva (m±DP), inferencial e à correlação de Pearson. Foi definido como nível de significância p < 0,05.

Resultados:

obteve-se uma redução de 25,4% do IMC entre a 1ª e 3ª avaliações acompanhado por melhorias significativas em todos domínios e componentes da qualidade de vida ao 5º mês pós-operatório: função física (92%); desempenho físico (63%); saúde geral (29%); vitalidade (17%); função social (4,4%); desempenho emocional (41,5%); saúde mental (18,7%); dor (30%). Verificou-se baixo nível de atividade física semanal (AFS) no pré-operatório (72,5%), maioria que prevaleceu até ao 3º mês pós-operatório (55%). Ao quinto mês pós-operatório, 32,5% da amostra referiu manter um baixo nível de AFS, adotando a restante amostra níveis moderados (47,5%) e altos (20%) de AFS. Verificou-se uma correlação negativa muito significativa entre o IMC e os domínios função física (r = -0,469, p < 0,01) e função social (r = -0,403, p < 0,01), uma correlação negativa significativa entre o IMC e os domínios desempenho físico (r = -0,337, p < 0,05) e saúde geral (r = -0,339, p < 0,05) e uma correlação positiva significativa entre o nível de atividade física semanal e o domínio saúde geral (r = 0,313, p < 0,05).

Conclusões:

A perda de peso e o aumento da atividade física em pacientes com obesidade mórbida submetidos a cirurgia bariátrica foram acompanhados por uma melhoria na qualidade de vida auto relatada.
To evaluate the relationship between self-perceived quality of life, body mass index (BMI) and physical activity level 5 months after bariatric surgery.

Method:

a quantitative cross-sectional study with 40 women (age = 45.18 ± 10.98 years) undergoing bariatric surgery.

The data were collected in three periods:

the day before surgery, 3 and 5 months after surgery. Anthropometric assessment (weight and height), health status assessment (SF-36 scale) and physical activity level evaluation (international physical activity scale) were performed in the three periods. Descriptive statistical analysis (m ± SD), inferential and Pearson's correlation were used. The significance level was set at p <0.05.

Results:

a 25.4% reduction in BMI between the 1st and 3rd evaluations was obtained, accompanied by significant improvements in all domains and components of quality of life at the 5th postoperative month: physical function (92%); physical performance (63%); general health (29%); vitality (17%); social function (4.4%); emotional performance (41.5%); mental health (18.7%); pain (30%). There was a low level of weekly physical activity (WPA) in the preoperative period (72.5%), most of which prevailed until the 3rd postoperative month (55%). At the fifth postoperative month, 32.5% of the sample reported maintaining a low WPA level, with the remaining sample adopting moderate (47.5%) and high (20%) WPA levels. There was a very significant negative correlation between the BMI and the physical function domains (r = -0.469, p <0.01) and social function (r = -0.403, p <0.01), a significant negative correlation between the BMI and physical performance domains (r = -0.337, p <0.05) and general health (r = -0.339, p <0.05) and a significant positive correlation between the level of weekly physical activity and the general health domain (r = 0.313, p <0.05).

Conclusions:

Weight loss and increased physical activity in morbidly obese patients undergoing bariatric surgery were accompanied by an improvement in self-reported quality of life.