O Enfermeiro Especialista e as técnicas não farmacológicas no controlo da dor em obstetrícia

Publication year: 2018

O medo do parto vaginal, frequentemente relacionado com a dor, contribui para a situação obstétrica contemporânea em Portugal, que apresentou 33,1% dos nascimentos através de cesariana, em 2016.

Objetivo Geral:

Identificar a informação e a aplicação acerca das técnicas não farmacológicas no controlo da dor em obstetrícia nos Enfermeiros ESMO.

Metodologia:

Estudo transversal a partir da aplicação de um questionário semi-estruturado aos 57 Enfermeiros ESMO, que trabalham nos serviços de obstetrícia no Nordeste de Portugal, sobre as técnicas não farmacológicas no controlo da dor em obstetrícia. A análise estatística foi realizada pelo programa Numbers da Mac, versão 5.1.

Resultados:

O perfil sociodemográfico dos Enfermeiros ESMO, mostra que 40% da amostra apresenta até 10 anos de experiência como especialista e que 60% dos profissionais não possui formação específica sobre dor e técnicas não farmacológicas de controlo da dor. Contudo, 76% refere o uso das TNF em mais de 50% das parturientes e 47% consideram a sua principal escolha, as técnicas de relaxamento e massagem. Dos Enfermeiros ESMO, 60% discorda do conceito de TNF e 4% acredita que o uso das TNF retarda a necessidade de analgesia epidural. Dos participantes, 52% conhece os efeitos da massagem lombar. Por outro lado, 76% não considera a hipnose, relaxamento ou biofeedback como TNF. Sobre os exercícios, 60% não recomenda o uso da bola de pilates na fase ativa do trabalho de parto. Sobre acupunctura e acupressão, apenas 16% entende que estes métodos podem ser utilizados para o controlo da dor em qualquer idade gestacional ou fase de trabalho de parto. Já sobre o TENS, 100% discorda que esta técnica reduza a necessidade de analgesia epidural. Quanto à aromaterapia, 76% desconhece a existência de evidências científicas que comprovem a eficácia desta técnica e, sobre a injeção de água estéril, 100% dos Enfermeiros ESMO não considera que esta seja uma TNF.

Conclusões:

A presente investigação aponta para a necessidade de intervenções com vista à melhoria dos cuidados prestados pelos Enfermeiros ESMO, no que respeita às diretrizes globais pela Humanização, a fim de tornar cada vez mais agradável a experiência do parir em Portugal.
The fear of vaginal delivery, often related to pain, contributes to the contemporary obstetric situation in Portugal, which presented 33.1% of births by caesarean section in 2016.

General Objective:

To identify the knowledge and application about the techniques in pain management in obstetrics in ESMO Nurses.

Methodology:

Crosssectional study based on the application of a semi-structured questionnaire to the 57 ESMO nurses working in obstetrics services in the Northeast of Portugal on non-pharmacological techniques for the control of pain in obstetrics. Statistical analysis was performed by Mac's Numbers program, version 5.1.

Results:

The sociodemographic profile of ESMO nurses shows that 40% of the sample has up to 10 years of experience as a specialist and that 60% of professionals do not have specific training on pain and non-pharmacological pain control techniques. However, 76% refer to the use of TNF in more than 50% of parturients and 47% consider their main choices, relaxation and massage techniques. Among them, 60% disagree with the concept of TNF and 4% believe that the use of TNF delays the need for epidural analgesia. Of the participants, 52% knew the effects of lumbar massage. On the other hand, 76% do not consider hypnosis, relaxation or biofeedback as TNF. About exercises, 60% do not recommend using the pilates ball in the active phase of labor. On acupuncture and acupressure, only 16% understand that these methods can be used to control pain at any gestational age or stage of labor. Regarding TENS, 100% disagree that this technique reduces the need for epidural analgesia. As for aromatherapy, 76% are unaware of the existence of scientific evidence to prove the efficacy of this technique and, on the injection of sterile water, 100% of Nurses do not consider this to be a TNF.

Conclusions:

The present research points to the need for interventions aimed at improving ESMO nursing care, regarding the global guidelines for Humanization, in order to make the experience of giving birth in Portugal more and more pleasant.
El temor de un parto vaginal, a menudo asociada con el dolor, contribuye a la situación obstétrica contemporánea en Portugal, que mostró un 33,1% de los nacimientos por cesárea en 2016.

Objetivo General:

Identificar la información y la aplicación de las técnicas no farmacológicas en el control del dolor en obstetricia en los enfermeros ESMO.

Metodología:

Un estudio de la aplicación de un cuestionario semiestructurado a 57 enfermeras Esmo trabajan en los servicios de obstetricia en el noreste de Portugal, en los enfoques no farmacológicos para controlar el dolor en obstetricia. El análisis estadístico fue realizado por el programa Numbers de Mac, versión 5.1.

Resultados:

El perfil sociodemográfico de los enfermeros ESMO, muestra que el 40% de la muestra presenta hasta 10 años de experiencia como especialista y que el 60% de los profesionales no posee formación específica sobre dolor y técnicas no farmacológicas de control del dolor. Sin embargo, el 76% refiere el uso de las TNF en más del 50% de las parturientas y el 47% considera su principal elección, las técnicas de relajación y masaje. De los enfermeros ESMO, el 60% discrepa del concepto de TNF y el 4% cree que el uso de las TNF retrasa la necesidad de analgesia epidural. De los participantes, el 52% conoce los efectos del masaje lumbar. Por otro lado, el 76% no considera la hipnosis, la relajación o el biofeedback como TNF. En los ejercicios, el 60% no recomienda el uso de la bola de pilates en la fase activa del trabajo de parto. En la acupuntura y la acupresión, sólo el 16% entiende que estos métodos se pueden utilizar para el control del dolor en cualquier edad gestacional o fase de trabajo de parto. En cuanto al TENS, el 100% discrepa que esta técnica reduzca la necesidad de analgesia epidural. En cuanto a la aromaterapia, el 76% desconoce la existencia de evidencias científicas que demuestren la eficacia de esta técnica y, sobre la inyección de agua estéril, el 100% de los enfermeros no considera que ésta sea una TNF.

Conclusiones:

Este investigaciones apuntan a la necesidad de intervenciones para mejorar la atención de enfermería ESMO, con respecto a las directrices globales para la Humanización con el fin de hacer más y más agradable la experiencia de dar a luz en Portugal.