Conhecimento dos pais perante a criança com febre

Publication year: 2015

Enquadramento – A febre na criança é reconhecida como uma manifestação de doença e encarada por muitos pais com uma conotação negativa, causando grande ansiedade e obsessão pela apirexia. Objetivos – Determinar o nível do conhecimento dos pais/acompanhantes perante a criança com febre; verificar se as variáveis sociodemográficas, contextuais da febre e de caraterização da criança interferem no conhecimento dos pais/acompanhantes perante a criança com febre. Métodos – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 360 pais/acompanhantes de crianças na consulta de Saúde Infantil, em instituições de saúde públicas, na região centro de Portugal. Recorreu-se a um questionário de autopreenchimento, com caracterização sociodemográfica, da febre, da criança e do conhecimento sobre a febre. Resultados – Amostra com idade média de 34.7 anos ± 7.9, maioritariamente feminina (51.7%). Com fracos conhecimentos perante a criança com febre prevalecem os participantes com idade ≥ 38 anos (36.2%), que coabitam com companheiro(a) (77.0%), em zona rural (69.3%) e com escolaridade até ao 3º ciclo (53.9%). Os participantes com idade até 37 anos (68,2%), com companheiro(a) (89.0%), residentes em zona urbana (53.0%) e com o ensino superior (43.3%) revelaram bons conhecimentos. As principais fontes de informação sobre a febre foram o médico (65.8%) e o enfermeiro (50.6%). As mulheres, os acompanhantes de crianças com menos idade e com melhores atitudes revelaram melhores conhecimentos perante a criança com febre.

Conclusão:

Os resultados apontam para a importância da realização de sessões de educação para a saúde aos pais/acompanhantes, de modo a aumentar o conhecimento perante a febre na criança.
Background - Fever in children is recognized as a manifestation of disease and seen by many parents with a negative connotation, causing great anxiety and apirexia obsession. Objectives - Determine the level of knowledge of parents / caregivers against children with fever; verify that the sociodemographic variables, contextual fever and Child characterization interfere with the knowledge of the parent /caregivers against children with fever. Methods - Quantitative study, transversal, descriptive and correlational, held in a non-probabilistic convenience sample consisting of 360 parents / caregivers of children in Child Health consultation in public health institutions in the center of Portugal. It used a self-report questionnaire with sociodemographic, fever, Child and knowledge about the disease. Results - Sample mean age 34.7 ± 7.9 years, mostly female (51.7%). With weak knowledge before the child with fever prevail participants aged ≥ 38 years (36.2%), cohabiting with a partner (a) (77.0%) in rural areas (69.3%) and schooling up to the 3rd cycle (53.9% ). Participants aged up to 37 years (68.2%), with companion (a) (89.0%) living in urban areas (53.0%) and higher education (43.3%) showed good knowledge. The main sources of information about fever were the doctor (65.8%) and nurses (50.6%). Women, caregivers of children under age and with better attitudes revealed better knowledge before the child with fever.

Conclusion:

The results point to the importance of conducting education sessions for health to parents/caregivers, in order to raise awareness before the fever in children.