Acurácia diagnóstica das características definidoras do diagnóstico de enfermagem padrão de sexualidade ineficaz em pessoas que vivem com HIV
Publication year: 2019
Objetivou-se analisar a acurácia das características definidoras do Diagnóstico de Enfermagem Padrão de Sexualidade Ineficaz em pessoas que vivem com HIV. Trata-se de um estudo de acurácia diagnóstica, realizado no serviço de atendimento especializado do Centro de Saúde da Família Carlos Ribeiro, em Fortaleza-CE. A população da pesquisa foi composta por 175 pessoas que vivem com HIV, de ambos os sexos, ≥ 18 anos e que estavam em acompanhamento no serviço. A coleta de dados ocorreu nos meses de fevereiro a julho de 2018, utilizando dois formulários, a saber: O primeiro referiu-se às variáveis sociodemográficas e clínicas e o segundo investigou as características definidoras do diagnóstico de enfermagem Padrão de Sexualidade Ineficaz. Os dados foram compilados em planilhas do software Microsoft Excel 2010 e foram analisados utilizando-se o pacote estatístico R versão 3.0.2. A análise descritiva dos dados ocorreu pelo cálculo de medidas absolutas, percentuais, medidas de tendência central e de dispersão. Para análise da acurácia dos indicadores clínicos do diagnóstico de enfermagem Padrão de Sexualidade Ineficaz utilizou-se o Método de Análise de Classe Latente, que permitiu a identificação da prevalência do diagnóstico nas pessoas que vivem com HIV e os valores de sensibilidade e especificidade (medidas de acurácia) de cada indicador clínico investigado, com os respectivos intervalos de confiança de 95%. Verificou-se que 85,67% dos participantes manifestaram o diagnóstico de enfermagem Padrão de Sexualidade Ineficaz. As características definidoras que apresentaram maior sensibilidade foram Alteração no comportamento sexual e Alteração no relacionamento com pessoa significativa, enquanto Alteração na atividade sexual e Alteração no comportamento sexual tiveram maior especificidade. Acredita-se que o conhecimento do perfil diagnóstico possa contribuir para que as intervenções de enfermagem sejam orientadas por decisões diagnósticas acuradas, facilitando, assim, a construção do plano de ações adequado para as pessoas que vivem com HIV. (AU)