Os Cuidados de enfermagem de reabilitação na mobilidade do doente paliativo não oncológico: perspetiva do enfermeiro de reabilitação

Publication year: 2013

Hoje, assiste-se ao envelhecimento da população de forma generalizada no nosso país, associado ao aumento da esperança média de vida. A prevalência de doenças crónicas assume também, um papel preponderante nos problemas que se colocam ao sistema de saúde, constituindo um desafio para os enfermeiros no desenvolvimento de respostas capazes de responderem a estas situações. Com o intuito de intervir em prol da minimização das limitações impostas pela situação clínica, dignificando deste modo esta etapa da vida, surge a questão: ” Qual a influência que os cuidados de enfermagem de reabilitação exercem na mobilidade do doente paliativo não oncológico”? com o objetivo de compreender a influência que os cuidados de enfermagem de reabilitação exercem na mobilidade do doente paliativo não oncológico num hospital de agudos.

METODOLOGIA:

Estudo qualitativo, exploratório descritivo; recolha de dados: entrevista semiestruturada.

Participantes:

enfermeiros de reabilitação de um serviço de medicina, de um hospital do norte do país. Efetuada análise de conteúdo segundo o referencial de Bardin (2011). O estudo respeitou os princípios ético morais.

RESULTADOS:

Através dos relatos dos participantes apurou-se que, o conceito de doente paliativo não oncológico é concetualizado através de diversos significados; salientam a necessidade de uma avaliação sistemática, exigindo a monitorização dos resultados e tomada de decisão; as estratégias utilizadas reportam-se a técnicas (cinesiterapia respiratória, técnicas de mobilização e de massagem) e a produtos de apoio; há necessidade de maior flexibilidade na execução dos cuidados de enfermagem de reabilitação ao doente paliativo não oncológico, mais tempo disponível, maior atenção pela equipa multidisciplinar e maior sensibilidade da organização/instituição para os cuidados de enfermagem de reabilitação ao doente paliativo não oncológico.

CONCLUSÕES:

Os enfermeiros reconhecem que os cuidados de reabilitação num doente paliativo não oncológico devem promover cuidados que proporcionem alívio do sofrimento destes doentes, contribuindo para a preservação da dignidade. Há necessidade de políticas que promovam a participação do enfermeiro de reabilitação nos cuidados paliativos, formação, investigação e implementação de Equipas Hospitalares para acompanhamento e apoio destes profissionais, que cuidam de doentes paliativos não oncológicos em serviços de medicina.
Today, we see the population aging in a general way in our country, associated to the increase average life expectancy. The prevalence of chronic diseases assumes also, a major role in the issues presented to the health system, constituting a challenge for nurses in the developing of responses which could answer to these situations. To be able to act on the minimization of the limitations imposed by the clinical situation, dignifying this way this time of life, the question arises: “What’s the influence that nursing rehabilitation care exert in the mobility of the palliative patient non oncologic?”, with the aim of understanding the influence that nursing rehabilitation care exert in the mobility of the palliative patient non oncologic in an acute hospital.

METHODOLOGY:

Qualitative study, exploratory descriptive; data collection: semistructured interview.

Participants:

rehabilitation nurses of a medicine service, from a hospital in the north of the country. The analysis of the content made according to the model of Bardin (2011). The study complied with the ethical and moral principles.

RESULTS:

Through the reports given by the various participants it was found that, the palliative patient non oncologic concept is conceptualized throughout several meanings; emphasizing the need of a systematic assessment, requiring the monitoring of the results and decision-making, the strategies used, report to techniques (respiratory kinesitherapy, mobilization and massage techniques) and support products, there is a need for more flexibility in the execution of the nursing rehabilitation care on a palliative patient non oncologic, more time available, a greater attention by the multidisciplinary team and more sensitivity of the organization/institution for nursing rehabilitation care on a palliative patient non oncologic.

CONCLUSIONS:

Nurses recognize that rehabilitation care in a palliative patient non oncologic should promote health care that offer relief of the suffering of these patients, contributing to the preservation of human being's dignity. There is a need of policies that promote the participation of the rehabilitation nurse in palliative care, training, investigation and implementation of hospital teams to support and monitor these professionals, that take care of the palliative patients non oncologic in medicine services.