Efeitos de um treino de força em pacientes em programa de hemodiálise
Publication year: 2012
O envelhecimento da população é um dos maiores feitos da humanidade, tal como um desafio constante para estas pessoas, a sua família e a sociedade. Através da implementação de políticas inovadoras é possível criar medidas que ajudem a população idosa a ser mais saudável, ativa e independente, melhorando a sua qualidade de vida e bem-estar, independentemente da sua condição biopsicossocial. O presente trabalho tem como objetivo averiguar os efeitos de um programa intradialítico de exercícios de força em pacientes com Insuficiência Renal Crónica. Dos 45 participantes em programa regular de hemodiálise, 29 integraram o grupo de treino (GT) e 16 o grupo de controlo (GC). O GT realizou um programa de treino de força durante as sessões de hemodiálise durante 8 semanas, 3 vezes por semana, enquanto o GC permaneceu com a rotina habitual. No início do programa foram realizados, como parâmetros de avaliação, o Sit-to-Stand Test, o Up-and-Go Test, o Hand Grip Test, o Pinch Gauge©, bem como uma avaliação antropométrica e exames laboratoriais, culminando com a aplicação do questionário SF-36 versão 2, repetindo-se este procedimento de avaliação após término do protocolo de treino. Tendo em conta os resultados obtidos, o GT aumentou significativamente o número de repetições do Sit-to-Stand Test (12,22±5,36 iniciais; 15,4±3,27 finais) e melhorou o tempo de execução do Up-and-Go Test (16,74±17,38s iniciais; 11,33±6,28s finais). Em relação à força de preensão manual direita, este grupo melhorou de forma significativa (18,79±11,32Kg/f iniciais; 21,92±11,73Kg/f finais), não se verificando o mesmo do lado esquerdo (18,5±11,60Kg/f iniciais; 18,46±11,63Kg/f finais). Quanto à força de preensão digital direita (5,68±2,14Kg/f iniciais; 6,04±2,88Kg/f finais) e esquerda (5,21±2,53Kg/f iniciais; 4,88±2,31Kg/f finais), verifica-se a mesma situação que na força de preensão manual. Após realização do programa de treino, no GT a componente física do questionário SF-36 (versão 2) melhorou consideravelmente (34,178±10,83 iniciais; 41,52±8,14 finais), ocorrendo o mesmo com a componente mental (51,43±7,33 iniciais; 52,74±8,47 finais). Estes resultados permitem concluir que um programa de treino de força intradialítico permite melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida nesta população debilitante.
Population aging is one of humanity’s greatest achievements as a constant challenge for these people, their family and society. Through the implementation of innovative policies can create measures that help elderly people to be more healthy, active and independent, improving their quality of life and well-being, regardless of their biopsychosocial condition. The present study aims to investigate the effects of a intradialitic program of strength exercises in patients with Chronic Kidney Disease. Of the 45 participants in regular hemodialysis program, 29 joined the training group (TG) and 16 control group (CG). The TG conducted a program of strength training during hemodialysis sessions for 8 weeks, 3 times per week, while the CG remained with the usual routine. At the beginning of the program were conducted as assessment parameters, the Sit-to-Stand Test, the Up-and-Go Test, the Hand Grip Test, the Pinch Gauge© and an anthropometric and laboratory tests, culminating in the application of SF-36 version 2, repeating this procedure for evaluation after completion of training protocol. Taking into account the results obtained, the TG significantly increased the number of repetitions of the Sit-to-Stand Test (12,22±5,37 initials; 15,4±3,27 final), and improved runtime Up-and-Go Test (16,74±17,38s initials; 11,33±6,26s end). Regarding the right handgrip, this group improved significantly (18,79±11,32Kg/f initials; 21,92±11,73Kg/f end), not even checking the left side (18,5±11,60Kg/f initials; 18,46±11,63Kg/f final). As for digital right grip strength (5,68±2,14Kg/f initial; 6,04±2,88Kg/f end) and left (5,21±2,53Kg/f initial; 4,88±2,31Kg/f end) there is the same situation as in handgrip strength. After completion of training program, in TG the physical component of the SF-36 (version 2) improved significantly (34,178±10,83 initials; final 41,52±8,14), and the same happened with the mental component (51,43±7,33 initial; 52,74±8,47 final). These results suggest that a intradialitic program of strength training improves functional capacity and quality of life in this population debilitating.