Lesões músculo-esqueléticas em atletas de alta competição
Publication year: 2017
Enquadramento - A ocorrência de lesões músculo-esqueléticas em atletas de alta competição é muito frequente e deveras incapacitante, tendo implicações diretas no rendimento desportivo dos jogadores e na sua própria qualidade de vida. Objetivos – Avaliar lesões músculo-esqueléticas em atletas de alta competição e determinar variáveis correlacionadas com essas lesões. Métodos – Estudo quantitativo, descritivo e correlacional. A amostra é do tipo não probabilístico por conveniência, constituída por 71 atletas de alta competição, do Futebol Clube do Porto SAD do Departamento de Basquetebol e Hóquei em Patins, da Seleção Nacional de Hóquei em Patins, do Académico de Viseu Futebol Clube, do Clube Desportivo de Tondela, Departamento de Futebol sendo todos do sexo masculino. O instrumento de recolha de dados contém um conjunto de questões de caracterização sociodemográfica, contextual/desportivas e o Questionário Nórdico Músculo-Esquelético (Serranheira et al., 2003), para avaliar as lesões músculo-esqueléticas. Resultados – A maioria dos atletas pratica futebol (67.6%), seguindo-se o basquetebol (16.9%) e o hóquei em patins (15.5%). Mais de metade da amostra (69.0%) já sofreu lesões durante a prática desportiva. Prevalecem nos atletas as lesões do tipo I (estiramento). Os atletas com mais idade, que manifestam mais desconforto, mais fadiga ou dor em quase todos os segmentos corporais, mas com maior incidência ao nível do pescoço, são os que apresentam mais lesões. Os atletas da faixa etária entre os 21-25 anos manifestam menor sintomatologia, com diferença estatisticamente significativa (X2=11.716; p=0.003), sendo esta mais comum ao nível dos punhos/mãos; já os atletas mais novos manifestam mais sintomatologia ao nível dos tornozelos/pés. Conclusões – Os resultados apurados mostram uma prevalência elevada de lesões e apontam para a necessidade da prevenção de lesões músculo-esqueléticas em atletas de alta competição, de modo a reduzir a sua prevalência, o número de dias em que se encontram lesionados e ainda o número de recidivas.
Background - The occurrence of musculoskeletal injuries in highly competitive athletes is very frequent and very disabling, with direct implications on the players' sports performance and their own quality of life. Objectives - To evaluate musculoskeletal injuries in high competition athletes and to determine variables correlated with these injuries. Methods - Quantitative, descriptive and correlational study. The sample is of non-probabilistic type for convenience, consisting of 71 athletes of high competition, the Football Club of Porto (SAD) of the Department of Basketball and Skating Hockey, of the National Selection of Hockey in Skates, of the Academician Football Club of Viseu, of the Club Sports of Tondela, Department of Soccer being all males. The data collection instrument contains a set of socio-demographic, contextual/sporting characterization questions and the Nordic Musculoskeletal Questionnaire (Serranheira et al., 2003) to evaluate musculoskeletal injuries. Results - Most athletes practice soccer (67.6%), followed by basketball (16.9%) and roller hockey (15.5%). More than half of the sample (69.0%) has already suffered injuries during sports. Type I (stretch) injuries prevail in athletes. Older athletes, who exhibit more discomfort, more fatigue or pain in almost all body segments, but with more incidences at the neck level, are the ones with the most injuries. The athletes in the age group between 21-25 years old show less symptomatology, with a statistically significant difference (X2=11,716, p=0.003), being this one more common at the level of the wrists/hands; And younger athletes show more symptomatology at the level of the ankles/feet. Conclusions - The results show a high prevalence of injuries and point to the need to prevent musculoskeletal injuries in high competition athletes, in order to reduce their prevalence, the number of days in which they are injured and the number Of relapses