Alterações fisiológicas e funcionais na pessoa com DPOC, em fase de agudização, após a implementação de exercícios ativos resistidos dos membros superiores

Publication year: 2014

O exercício dos membros superiores não sustentado é recomendado nas guidelines de reabilitação pulmonar, como forma de diminuir a dispneia e de ajudar na autonomia das Atividades de vida. Este estudo visa estudar as alterações fisiológicas e funcionais que ocorrem na pessoa com DPOC agudizada, após a implementação de um programa de exercícios ativos resistidos aos membros superiores. Para a realização do estudo recorreu-se a uma metodologia qualitativa de multicasos. Foram identificados 7 utentes com DPOC em grau III e IV em período de exacerbação. A estes participantes realizou-se uma entrevista inicial, para recolha de informação, e uma avaliação funcional e da qualidade de vida, com recurso a London Chest Activity of Daily Living (LCADL), Saint George Questionaire, Teste 6 min Pegboard and Ring Test (6min PBRT) e dinamometria manual. Após esta avaliação inicial foi implementado um programa de exercícios resistidos ao nível dos membros superiores. Antes e após a realização dos exercícios foram avaliados os sinais vitais (tensão arterial, frequência respiratória, frequência cardíaca e dor), o grau de dispneia e a saturação periférica de oxigénio. Ao fim de 7 dias de intervenção foram novamente aplicadas as escalas anteriormente enunciadas. Os participantes avaliados apresentaram uma tendência positiva à intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, com melhoria nos testes de funcionalidade (6min PBRT, LCADL) e de força da preensão palmar. Não houve alteração significativa no item qualidade de vida. A implementação de exercícios resistidos numa fase de agudização também aparentou ser segura e benéfica aos casos estudados, com uma avaliação positiva nos parâmetros vitais após a intervenção do enfermeiro.
Unsustained upper extremity exercise is recommended in the pulmonary rehabilitation guidelines as a way of reducing dyspnea and help improve daily life activities. This study aims to study the observed changes, physiological and functional, in people with COPD after the implementation of a set of resistance exercises during an acute phase of the disease. For the study we used a qualitative a multicases methodology. Seven patients were identified with COPD GOLD III and IV during the period of exacerbation. The participants were initially interviewed for information collection and for a functional and quality of life assessment using the London Chest Activity of Daily Living (LCADL) , Saint George Questionnaire , 6 min Pegboard Ring Test (6 min PBRT) and hand grip dynamometry. After the initial assessment, a program of upper limb resistance exercises was implemented. Vital signs (blood pressure, respiratory rate, heart rate and pain), dyspnea and peripheral oxygen saturation were assessed before and after the exercises . After 7 days of intervention, the patients were assessed again using the same tests as in the previous assessment. Participants included in the study showed a positive trend regarding the intervention of the rehabilitation nurse with improvement in functionality testing (6min PBRT, LCADL) and hand grip strength. through the improvement of functional parameters. There was no significant change in quality of life item.The implementation of resistance exercise during an exacerbation period also appeared to be safe and beneficial in the cases studied, with a positive review in vital parameters after the intervention of the nurse.