Risco de queda em idosos institucionalizados

Publication year: 2015

Os idosos institucionalizados apresentam risco de queda aumentado, quando comparado com os idosos não institucionalizados. A questão das quedas deve ser encarada como um grave problema de saúde pública, dadas as suas consequências e os custos irreversíveis. Assim, o estudo pretende avaliar o risco de queda em idosos institucionalizados e determinar os fatores que lhe estão associados. Trata-se de um estudo transversal descritivo-correlacional e de natureza quantitativa, que utilizou uma amostra não probabilística por conveniência composta por 136 idosos, com idades que variam entre os 65 anos e os 99 anos de idade, com uma média de idades de 85,98 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário, que procurava obter uma caracterização sociodemográfica, e clínica dos idosos e conhecer a história e circunstâncias das quedas. Foram utilizadas as escalas de Funcionalidade Familiar, Escala de Avaliação da Dependência nos Autocuidados e por último a POMA I (Índice de Tinetti). Os resultados revelam risco de queda bastante considerável, uma vez que se verificou que cerca de 45,6% dos idosos apresenta elevado risco de queda, 16,2% médio risco e 38,2% baixo risco. Verificamos ainda que, ser do sexo feminino e ter um baixo grau de escolaridade são fatores relacionados com o aumento do risco de queda. O mesmo apuramos relativamente ao défice cognitivo, á presença de doenças neurológicas, osteoarticulares, diminuição da acuidade visual e auditiva. Contrariamente, os idosos mais autónomos na deambulação, tomar banho e na toma da medicação são aqueles que apresentam menor risco de queda.
The institutionalized elderly have an increased risk of falling, compared to the non-institutionalized elderly. The issue of falls should be seen as a serious public health problem, given its consequences and irreversible costs. Thus, the study aims to assess the risk of falls in institutionalized elderly and to determine the factors associated with it. It is a quantitative, descriptive-correlational and cross-sectional study, which used a non-probability convenience sample, composed of 136 elderly with ages ranging between 65 and 99 years old, with an average age of 85,98 years. Data was collected through an inquiry, which sought to obtain a sociodemographic and clinical description of the elderly, and learn about the history and circumstances of falls. The Family Functioning scale was used, as well as the Self-care Liability Assessment Scale and lastly the POMA I (Tinetti Table). The results show a quite considerable risk of falling, since it was found that about 45.6% of the elderly has a high risk of falling, 16.2% a medium risk, and 38.2% a low risk. It was also found that, being female and having a low education level are factors associated with the increase of the falling risk. The same was found about cognitive impairment, the presence of neurological disorders, osteo-articular disorders, decreased eyesight and decreased hearing. In other hand, more autonomous seniors in ambulation, bathing and taking medication, are the ones with a lower risk of falling.