Relação entre a quantidade e qualidade do uso do membro superior parético após AVC e a capacidade de resiliência

Publication year: 2015

Resiliência designa a capacidade da pessoa, face à adversidade, de desenvolver mecanismos positivos de adaptação, ou seja responder de forma mais consistente aos desafios e dificuldades de reagir com flexibilidade e capacidade de recuperação diante de circunstâncias desfavoráveis, tendo uma atitude otimista, e perseverante. A relação entre AVC e resiliência recai na característica desta priorizar o potencial da pessoa, em vez de se centrar apenas na incapacidade. Considera-se como uma das ferramentas da enfermagem de reabilitação, deslocando a ênfase da dimensão negativa da patologia, para as potencialidades da pessoa com incapacidade.

Objetivos:

O principal objetivo deste estudo é avaliar a relação entre a quantidade e qualidade do uso do membro superior parético após AVC e a capacidade de resiliência.

Metodologia:

Desenvolveu-se um estudo exploratório, transversal e correlacional com uma abordagem quantitativa. Foram utilizados como instrumentos de colheita de dados um questionário sociodemográfico, um dinamómetro de preensão manual (dynateste), o índice de barthel, a escala Motor Activity Log-30 e a escala de resiliência de Connor-Davidson.

Resultados e Conclusões:

Os resultados revelam que dos 25 indivíduos que compõem a amostra, 60% são do género masculino e a média de idades é de 68,76 anos. O AVC ocorreu em média há 49,8 meses, sendo que 56% ficaram com o lado dominante afetado. Verificou-se que existe correlação entre as subescalas QT e QL da escala MAL-30 e os itens que as constituem obtendo-se valores de CCS>0,558 (p=0,000) para ambas. Verificou-se uma correlação negativa perfeita entre as variáveis escala de resiliência de Connor-Davidson e o tempo de frequência em programa de reabilitação. Não existe correlação entre a escala de resiliência e a subescala quantitativa da escala MAL-30, subescala qualitativa da escala MAL-30, tempo de ocorrência de AVC, e índice de Barthel. Verificou-se também a não existência de correlação entre as subescalas quantitativa e qualitativa da MAL-30 e o tempo de frequência em programa de reabilitação, bem como com o tempo de ocorrência do AVC.
Resilience refers to a person's ability in the face of adversity, to develop positive coping mechanisms, so respond more consistently to the challenges and difficulties to react with flexibility and resilience in the face of unfavorable circumstances, having an optimistic attitude, and persevering. The relationship between stroke and resilience lies in the characteristic of this prioritize the potential of the person, instead of focusing only on disability. It is considered as one of the rehabilitation nursing tools, shifting the emphasis of the negative dimension of pathology, to the person's potential with disabilities.

Objectives:

The aim of this study is to evaluate the relationship between the quantity and quality of use of the paretic upper limb after stroke and resilience.

Methodology:

It has developed an exploratory study, and cross-correlation with a quantitative approach. Were used as data collection instruments a sociodemographic questionnaire, one handgrip dynamometer (dynateste), the barthel index, the scale Motor Activity Log-30 and the Connor-Davidson Resilience Scale.

Results and Conclusions:

The results reveal that of the 25 individuals in the sample, 60% are male and the average age is 68.76 years. The stroke occurred in a median of 49,8 months, and 56% had the dominant side affected. Scale. The result of using Spearman’s correlation coefficient correlation between the QT and QL subscales of MAL-30 scale and the items was CCS> 0.558 (p = 0.000) for both subscales. There was a perfect negative correlation between the variables scale of resilience Connor-Davidson and time frequency in rehabilitation program. There is no correlation between the resilience scale and the quantitative and qualitative subscale of MAL-30, time of occurrence of stroke and Barthel index. It has also been the lack of correlation between the quantitative and qualitative subscales of MAL-30 and the time frequency rehabilitation program, as well as the time of occurrence of stroke.