Relação das características sociodemográficas e clínicas de crianças e adolescentes com a classificação de risco na emergência

Publication year: 2019

O objetivo do estudo foi avaliar as características sociodemográficas e clínicas de crianças e adolescentes relacionando-as com suas classificações de risco em emergência pediátrica, segundo o Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) em Pediatria. Estudo transversal de dados secundários, coletados no estudo de Magalhães (2016) sobre validação na prática clínica do protocolo de ACCR em pediatria em uma unidade de urgência e emergência de um hospital municipal de pediatria, localizado em Fortaleza-Ceará. Foram utilizados 429 formulários de classificação de risco de crianças e adolescentes atendidos nessa unidade em 2016. Dados organizados e analisados pelo SPSS 20.0, cuja análise ocorreu por meio de frequências absolutas e relativas, média e desvio-padrão. Como testes estatísticos para comparação das variáveis sociodemográficas e clínicas com a classificação de risco foram utilizados o Teste Qui-Quadrado (Associação Linear por Linear) e compararam-se as médias das variáveis quantitativas pelo teste ANOVA. Como resultados predominaram crianças com até cinco anos de idade (55,9%), em especial lactente (30,0%).

As crianças tiveram as seguintes classificações de risco:

prioridade I - vermelho (nenhum caso, pois as crianças com quadro de emergência clínica já vão para atendimento médico imediato na sala de observação); prioridade II - laranja (2,0%); prioridade III - amarelo (20%); prioridade IV - verde (31,2%); prioridade V - azul (46,8%).

Os discriminadores predominantes foram:

alteração respiratória (29,2%) e alteração dos sinais vitais (23,5%). A febre foi a manifestação clínica de maior incidência (48,7%), principalmente nas prioridades IV (41,7%) e III (33,4%). A maior parte dos pacientes atendidos na emergência pediátrica foi classificada na prioridade V. Assim, é necessário que os profissionais de saúde promovam estratégias educativas para orientar e sensibilizar a população quanto ao ACCR e aos quadros clínicos da criança de atendimento emergencial, evitando a superlotação das unidades de emergência de maneira indevida, favorecendo o atendimento imediato às crianças que se encontram em situação de urgência ou emergência. (AU)