Autoeficácia e apoio social de mães de recém-nascidos prematuros em unidade de cuidado neonatal

Publication year: 2019

O objetivo do estudo foi analisar o nível de autoeficácia materna percebida acerca dos cuidados com o bebê e sua relação com o apoio social de mães de recém-nascidos prematuros em Unidade de Cuidado Neonatal. Estudo epidemiológico do tipo transversal, realizado em maternidade de referência em Fortaleza. A população foi composta por 120 mães de recémnascidos prematuros em internação hospitalar. A amostra foi construída por conveniência, a partir da admissão contínua dos binômios no período de Junho a Setembro de 2018.

Para a coleta foram utilizados três instrumentos:

sociodemográfico, Escala para Avaliação da Autoeficácia Materna Percebida e Escala de Apoio Social - MOSS. Para análise estatística utilizou-se os testes de Teste Mann-Whitney U., Teste de Kruskal Wallis e correlação de Spearman. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética sob parecer 2.683.635. A maioria das mulheres estavam na faixa etária de 20 a 30 anos, eram provenientes da capital ou região metropolitana, possuía mais de 9 anos de estudo, tinha companheiro, não exerciam atividade remunerada e possuíam renda de 1 a 2 salários. Pouco mais da metade das mães era multípara, realizaram pré-natal, porém poucas participaram de grupos de gestantes. Os testes estatísticos mostram correlação positiva da Autoeficácia Materna com a paridade (p=0.017) e anos de estudo (p=0.017) das mães. No entanto, mulheres com até oito anos de estudo apresentaram maiores níveis de confiança parental A pontuação média da escala de Autoeficácia Materna, considerada moderadamente satisfatória, sendo o fator três - leitura de comportamento – com a menor média. Em relação ao apoio social, a pontuação média foi de 74.3, considerada alta. As dimensões com menores médias foram Apoio Emocional e Apoio de Interação Social Positiva. O Apoio Social geral (p=0.002), assim como suas dimensões – Material (p=0.025), Emocional (p=0.002), de Informação (p=0.003), Afetivo (p=0.003) e de Interação Social Positiva (p=0.015) – também demonstraram correlação significativa com o Autoeficácia Materna Percebida. Assim, a paridade, anos de estudo e o apoio social e suas dimensões se mostraram preditores da Autoeficácia Materna Percebida. O estudo foi relevante pois, ao analisar a autoeficácia materna e sua relação com o apoio social, o enfermeiro pode promover o cuidado sob uma perspectiva que leve em consideração o conhecimento prévio das mães e sua de rede de apoio a partir de um plano de cuidados que envolva o componente educativo direcionado as reais necessidades, diminuindo gastos e minimizando intercorrências futuras.(AU)