Impacto do AVC no estado de saúde do indivíduo

Publication year: 2012

Introdução – O Acidente Vascular Cerebral é hoje uma patologia que para além de representar a principal causa isolada de mortalidade, constitui também a principal causa de morbilidade no conjunto das doenças cardiovasculares, o que significa que as consequências relacionadas com a incapacidade resultante têm representação preponderante na medida de impacto na saúde do indivíduo. Neste pressuposto, o objectivo central deste trabalho pretende identificar as variáveis determinantes do impacto do AVC no estado de saúde do individuo vitima desta patologia. Métodos – Conceptualizamos um estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo – correlacional, tendo recorrido a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 55 indivíduos com idades compreendidas entre os 60 anos e 92 anos (M= 76.64; Dp= 7.79), residentes no Concelho do Sabugal e vítimas de AVC. O instrumento de colheita de dados incorpora uma secção de caracterização socio-demográfica, outra secção de caracterização clínica; uma secção de caracterização da funcionalidade familiar (escala de APGAR familiar) e uma secção de caracterização da medida de impacto do AVC (Questionário de impacto do AVC – QIAVC, aferido e validado para a população portuguesa). Resultados – Verificamos que existem determinadas variáveis de índole sociodemográfica, clínicas e de contexto familiar que se revestem determinantes na percepção do impacto do AVC no estado de saúde do indivíduo, relativamente a vários domínios avaliados pelo QIAVC.

Destacamos:

o género, a idade, o rendimento mensal, a coabitação, o tipo de AVC e a funcionalidade familiar. O presente trabalho demonstra que a percepção do Impacto do AVC no estado de saúde é menor nos indivíduos do sexo masculino, mais jovens (60 – 70 anos), com melhores rendimentos mensais (superiores a 1485€), que convivem sobretudo com o companheiro (a) ou conjugue, que sofreram um AIT, e pertencentes tendencialmente a famílias altamente funcionais. Conclusão – A importância da percepção do Impacto do AVC no estado de Saúde do indivíduo como dimensão da Qualidade de Vida do mesmo, implica conhecer as determinantes ou variáveis que influenciam essa percepção. Contudo algumas não são modificáveis (ex: género, idade ou tipo de AVC). Partindo deste prossuposto, destacamos particularmente o papel da funcionalidade familiar neste domínio, como elemento potenciador da melhor percepção nos vários domínios sujeitos ao estudo. As implicações práticas dirigem-se no sentido de colocar a família no alvo da prestação de cuidados de modo a se melhorarem as dinâmicas familiares (como muitos autores preconizam).É pertinente também a congregação esforços e estratégias de coordenar meios e modelos de intervenção, onde se possa incluir a família como elemento integrante no processo assistencial, numa lógica de empowerment, particularmente neste domínio.
Introduction - Stroke is a condition which now in addition to represent the main cause of mortality isolated, is also a major cause of morbidity in the group of cardiovascular diseases, which means that the consequences related to the inability resultant are represented in the preponderant measure impact on the health of the individual In this assumption, the aim of this paper is to identify the variables determining the impact of stroke on the health status of the individual victim of this disease. Methods - conceptualize a study of quantitative, cross-sectional, descriptive - correlational, and resorted to a non-probabilistic sample of convenience consisting of 55 individuals aged 60 years to 92 years (M = 76.64, SD = 7.79), residents in the Country of Sabugal and stroke victims. The data collection instrument incorporates a section of socio-demographic characteristics, clinical characterization of another section, a section featuring the familiar functionality (Family APGAR scale) and a section of characterization of the measures Stroke impact (Questionário de Impacto do AVC) - QIAVC, calibrated and validated for the Portuguese population). Results - We found that there are certain character socio-demographic variables, clinical and family context that are of determinants in the perception of the impact of stroke on the health status of the individual in relation to various domains assessed by QIAVC.

Featuring:

gender, age, monthly income, cohabitation, the type of stroke and familiar functionality. The present work demonstrates that the perception of the impact of stroke on health is lower in males, younger (60-70 years), with better monthly income (over € 1,485), who live primarily with her partner ( a) or spouse, who suffered a TIA, and tend to belong to families highly functional. Conclusion - The importance of the perceived impact of stroke on the individual's state of health as a dimension of quality of life the same, implies knowing the determinants or variables that influence this perception. From this presupposition, particularly highlight the role of family functionality in this Domain like better perception enhancer element in several areas subject to study. Implications for practice are directed toward putting the family in care of the target in order to improve family dynamics (like many authors recommend.) is also relevant the congregation efforts and coordinate media strategies and intervention models, which can include the family as an integral element in the care process, a logic of empowerment, particularly in this area.