Efetividade e segurança da insulina em bolus versus em infusão contínua, no controle glicêmico de pacientes no pós operatório de transplante hepático
Publication year: 2016
Na literatura, ainda, existe controvérsia quanto ao melhor e mais seguro método de controle glicêmico (intermitente ou contínuo) e faixa alvo da glicemia em pacientes críticos, no qual se insere o que se submete ao transplante de fígado. Na perspectiva do transplante, o assunto interessa devido aos efeitos deletérios da hiperglicemia e/ou hipoglicemia ao paciente e enxerto. Neste sentido, o objetivo foi analisar a efetividade e segurança da insulina em bolus versus em infusão contínua, no controle glicêmico de pacientes no pós-operatório imediato de transplante hepático. O estudo foi do tipo ensaio clínico pragmático, aberto, prospectivo, com 42 participantes, segregados em dois grupos (caso e controle), 21 cada, em pós-operatório imediato de transplante hepático. Os participantes do grupo BIC e BOLUS receberam como intervenção insulinoterapia em infusão contínua e em bolus, respectivamente, a partir de glicemia capilar de 150mg/dl. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), da Universidade Federal do Ceará/PROPESQ, sob parecer nº 1.063.210. Ademais, foi cadastrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (REBEC), conforme número de RBR- 9Y5tbp. Não identificamos estatística significante, entre as técnicas de insulinoterapia, quanto ao tempo de redução da glicemia (p=0,919), presença de hipoglicemia (p=0,500) e o valor inicial da glicemia (p= 0,345). Identificou-se valor final da glicemia na UTI pós-operatória menor e estatisticamente significante no grupo bomba de infusão contínua em relação ao bolus (p<0.001). Ademais, a variação de redução glicêmica foi maior e estatisticamente significante, no grupo BIC (p = 0,041). O método contínuo por bomba de infusão contínua obteve melhores resultados quanto à redução dos valores da glicemia. Em relação aos casos de hipoglicemia e desfechos clínicos, não houve diferenças entre os grupos. Com base na variação e no valor glicêmico final, conclui-se que o método da infusão contínua foi mais efetivo e seguro no controle glicêmico de pacientes no pós-operatório de transplante hepático.(AU)