Conhecimento, atitude e prática de mulheres com câncer de mama sobre os métodos de detecção precoce
Publication year: 2016
Ações de detecção precoce do câncer de mama são cada vez mais necessárias a fim de se alcançar a diminuição da morbidade e mortalidade ocasionadas por esta. Dentre estas ações encontram-se o incentivo para a realização do exame clínico das mamas e da mamografia. Quando este câncer não é detectado em sua forma mais precoce o paciente é submetido a tratamentos mais agressivos e deletérios. O conhecimento deficiente da população com relação a estes aspectos acaba por torna-la mais propensa a não adoção de práticas de prevenção secundária do câncer de mama e a população acaba por apresentar a doença em fases mais avançadas. Na busca pela compreensão relativa a estes aspectos, a realização desta pesquisa tem o objetivo de avaliar o conhecimento, a atitude e a prática de mulheres com câncer de mama sobre os métodos de rastreamento (exame clínico das mamas e mamografia). Trata-se de um estudo transversal associado a Inquérito CAP (conhecimento, atitude e prática) aplicado em mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico atendidas por um centro de referência em oncologia localizado na cidade de Fortaleza, Ceará. A amostra se compôs de 108 mulheres que foram convidadas a assinar o Termo de Consentimento e a responder questionários sociodemográficos, ginecológicos, obstétricos e clínicos, bem como ao Inquérito CAP nos meses de novembro de 2015 a março de 2016. Todos os dados foram tabulados e analisados através da versão 20.0 do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Os aspectos da resolução 466 ̸ 2012 do Conselho Nacional de Saúde foram respeitados. Os resultados apontaram que o conhecimento e a prática das mulheres com relação aos exames de detecção precoce estavam inadequados entre a maioria das participantes. A atitude foi considerada adequada em grande parte da amostra. A deficiência do conhecimento teve a contribuição da concepção errônea de que os exames de detecção precoce podem prevenir o câncer de mama. A avaliação da prática apresentou periodicidade de realização inadequada, com relação aos dois exames, com muitas participantes realizando as práticas apenas uma vez, onde foi diagnosticada a doença. A significância estatística foi verificada entre idade e prática inadequada e entre religião e prática inadequada, bem como entre o tempo de amamentação e conhecimento inadequado e entre idade da menarca e conhecimento inadequado. Mais ações educativas voltadas para as necessidades das mulheres com câncer de mama no que diz respeito à detecção precoce da doença são fundamentais.(AU)