Conhecimento e habilidade dos profissionais captadores e triagistas na identificação de comportamentos de risco para DST/HIV em candidatos à doação de sangue
Publication year: 2015
A segurança transfusional se inicia com o recrutamento e seleção de doadores de sangue com o objetivo de evitar o direcionamento de candidatos à doação que possam estar sob risco de infecção de alguns agentes passíveis de transmissão pelo sangue, incluindo DST/HIV. Objetiva-se avaliar o conhecimento e habilidade dos profissionais captadores e triagistas em identificar comportamentos de risco para DST/HIV em candidatos à doação de sangue. Estudo transversal realizado com 54 profissionais, responsáveis pela captação e triagem clinica de doadores de sangue em cinco Hemocentros do Estado do Ceará situados nos municípios de Fortaleza, Sobral, Crato, Iguatu e Quixadá no período de maio a outubro de 2014. Um questionário para a coleta de dados foi elaborado, validado por juízes e aplicado aos captadores e triagistas. Os resultados apontaram que o conteúdo do questionário foi considerado compreensivo e válido, segundo o comitê de juízes. Dentre os profissionais, destaca-se a predominância de mulheres; adultos jovens com uma média de idade de 36,31±9,51 anos; sendo a maior concentração destes no Hemocentro de Fortaleza. Os captadores de sangue apresentaram uma boa média de acertos nos critérios Segurança Transfusional (0,86), seguido de Política Nacional de Doação de sangue (0,78). Porém, apresentaram um baixo índice de acerto nos critérios Comportamento de Risco para DST/HIV (0,42) e Habilidade de acolhimento e comunicação (0,49), necessitando de orientação sobre as condutas adotadas com os doadores sobre comportamentos de risco e ações de prevenção de DST/HIV. Os triagistas apresentaram uma boa média de acertos nos critérios Política Nacional de Doação de sangue (0,89), seguido de Segurança Transfusional (0,79) e Comportamento de Risco para DST/HIV (0,73). Porém, apresentaram um baixo índice de acerto no critério Habilidade de Acolhimento e Comunicação (0,50), o que interfere diretamente nas condutas desses profissionais com os doadores de sangue para a melhoria da segurança transfusional. Visualizou-se a necessidade de treinamento sobre identificação de comportamentos de risco para DST/HIV e melhoria na comunicação com o candidato à doação, a fim de detectar através de uma visão holística, as informações exigidas para aumentar a segurança transfusional e a minimização dos riscos relacionados à transmissão de doenças pelo sangue. (AU)