Conhecimento e atitude de mulheres gaúchas em relação à detecção precoce do câncer de mama
Publication year: 2015
O estudo buscou avaliar os efeitos de uma intervenção educativa no conhecimento e na atitude de mulheres gaúchas em relação à detecção precoce do câncer de mama. Delineou-se estudo do tipo ensaio clínico randomizado controlado, o qual foi realizado no Hospital Militar de Área de Porto Alegre e na Policlínica Militar de Porto Alegre. A amostra foi constituída por 182 mulheres que compareceram aos locais de coleta dos dados para consulta ginecológica, as quais foram alocadas randomicamente em dois grupos, sendo 91 pertencentes ao Grupo Controle (GC) e 91 ao Grupo Intervenção (GI). Os critérios para inclusão no estudo foram ser maiores de 18 anos. Os critérios de exclusão foram mulheres analfabetas e com déficit cognitivo. A coleta dos dados ocorreu por um período de três meses. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um roteiro de entrevista semiestruturado adaptado e validado. Os dados foram analisados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 21.0 tendo se utilizado os testes de Mann-Whitney e o teste x2 de Pearson na análise das variáveis. O estudo foi desenvolvido após devidamente autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará (COMEPE-UFC), sob o protocolo nº 369.590. A média de idade das participantes foi de 46,4 anos. A escolaridade teve uma média de 15 anos de estudo. A renda média foi de R$ 4.357,89. A média de idade da menarca foi 12,7 anos. A média de idade da menopausa foi 48,5 anos. A idade média da primeira gestação foi 23,15 anos. O tempo médio de amamentação foi 12,16 meses. O tempo médio de uso de anticoncepcional foi 137,52 meses. Antes da aplicação da intervenção educativa, a avaliação inicial do conhecimento demonstrou reduzido percentual de adequação, havendo apenas 6 (6,6%) participantes do GC com conhecimento adequado em relação à detecção precoce do câncer de mama. No GI Pré Teste houve 3 mulheres (3,3%) com adequação do conhecimento. Em relação à atitude houve elevado percentual de adequação, havendo no GC 85 (93,4%) participantes com atitude adequada e no GI 84 (92,3%). A aplicação da intervenção educativa produziu 78% de aumento na adequabilidade do conhecimento no GI Pós Teste quando comparado com o GI Pré Teste e com o GC. A adequação da atitude teve aumento de 7,8%. Houve significância estatística na comparação entre os resultados do GI Pré e GI Pós para o conhecimento (p=0,001) e para a atitude (p=0,007). O uso do folder informativo associado à entrevista motivacional breve possibilitou a aquisição de conhecimentos e atitude positiva das mulheres para a detecção precoce do câncer de mama.(AU)