THE MOTHER GENERATED ÍNDEX: avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde de gestantes de baixo risco

Publication year: 2015

Como parte integrante do processo saúde-doença a gestação é um período em que a inserção social da mulher pode influenciar, de maneira positiva ou negativa, o decorrer do ciclo gravídico-puerperal. Assim, avaliar a qualidade de vida dessa população, pode redirecionar a implementação de práticas inovadoras na busca de torná-las mais eficazes e reais para a promoção de um cuidado mais humanizado. Dentre os objetivos do estudo, destacam-se: avaliar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde das gestantes acompanhadas em pré-natal de baixo risco, descrever as principais áreas afetadas na qualidade de vida das gestantes; avaliar as principais áreas afetadas na qualidade de vida das gestantes; correlacionar as áreas afetadas da qualidade de vida relacionada à saúde com as variáveis sócio demográficas e obstétricas das gestantes e comparar a QVRS em gestantes acompanhadas nos sistemas público e privado. Trata-se de um estudo correlacional, quantitativo e de corte transversal, realizado em três unidades públicas que oferecem serviço de assistência ao pré-natal, e uma privada, na cidade de Fortaleza – Ceará. A amostra foi composta por 261 gestantes que realizavam pré-natal de baixo risco e que foram entrevistadas no período de setembro a novembro de 2014. Os instrumentos de coleta foram um questionário contendo variáveis sócio demográficas, obstétricas e relacionadas a qualidade de vida, além da versão brasileira da escala the Mother Generated Index. A análise do perfil sócio demográfico das gestantes estudadas, apontou para uma maioria de jovens, com companheiro fixo, com ensino superior completo, renda familiar elevada e trabalho fora de casa. Quanto aos dados obstétricos das participantes, a maioria iniciou o pré-natal no primeiro trimestre de gestação, eram nulíparas e tinham IMC adequado para a semana gestacional. Quanto aos dados relacionados a qualidade de vida, a maioria das gestantes planejaram e desejaram a gravidez, contaram com o apoio do parceiro, porém não receberam orientação educativa durante as consultas. Dentre as oito áreas que interferiram positivamente a qualidade de vida das gestantes, têm-se: relacionamento com o parceiro, relacionamento com a família, feliz por ser mãe, alimentação, ansiosa pelo nascimento do bebê, auto estima, imagem corporal e sono. Em contraponto, as dimensões negativas influenciadoras na qualidade de vida foram: sono, cansaço, polaciúria, náusea e vômito, trabalho, imagem corporal, estresse e labilidade emocional. Dentre as gestantes que foram atendidas no serviço privado, observou-se que as áreas feliz por ser mãe e imagem corporal interferiram positivamente na qualidade de vida; enquanto o trabalho interferiu de forma negativa. Conclui-se que as mudanças ocorridas durante a gestação influenciam de maneira positiva e negativa na qualidade de vida, cabendo ao enfermeiro oferecer uma assistência individualizada, holística e compartilhada com a gestante e seus familiares.(AU)