Construção de tecnologia assistiva para surdos sobre o uso dos preservativos

Publication year: 2015

Preservativos são os únicos métodos contraceptivos capazes de prevenir doenças sexualmente transmissíveis, sendo necessário que seu uso seja estimulado com a divulgação de informações sobre seus benefícios e modo de uso. A surdez promove barreira de comunicação particularmente com os profissionais de saúde que dificulta a aquisição de conhecimentos necessários para sua saúde. Criação de tecnologias assistivas para esse público, quanto ao uso dos preservativos, constitui passo importante para alcance da saúde sexual e reprodutiva. Objetivou-se construir tecnologia assistiva educativa, no modelo de curso online para surdos sobre o uso dos preservativos. Estudo metodológico, que seguiu as cinco fases do Modelo de Desenvolvimento de Material Educativo Digital, no período de fevereiro a dezembro de 2014. Etapa de Análise e Planejamento envolveu definição do produto, público-alvo, tema, objetivos e finalidade. Público alvo foram pessoas surdas, e como temática o uso dos preservativos, com objetivo de favorecer o aprendizado sobre como evitar gravidez não planejada e doenças sexualmente transmissíveis. A etapa Modelagem abrangeu construção do conteúdo em roteiro, seleção das mídias, criação dos storyboards, eleição dos elementos de interação e definição das estruturas de navegação. Curso construído totalizou cinco aulas, respectivamente: Apresentação, Anatomia e Fisiologia Feminina e Masculina, Planejamento Familiar, Preservativos e as Doenças Sexualmente Transmissíveis e Uso dos Preservativos. Na etapa de Implementação ocorreu gravação do conteúdo e edição dos vídeos. Elegeu-se para gravação primeira e última aula, consideradas primordiais para compressão dos objetivos do curso e ensino sobre o uso dos preservativos. Em seguida houve a tradução dos vídeos para códigos de Hypertext Markup Language (HTML) e alocados em servidor particular. A construção das páginas seguiu normas de acessibilidade recomendadas em documentos nacionais e internacionais. Avaliação e Manutenção realizada em todas as fases do estudo se concretizou com aplicação do software Avaliador e Simulador de Acessibilidade de Sítios (ASES). Avaliação nas páginas do curso gerou Relatório de Erros, acusando em cada módulo didático um erro e dois avisos relacionados a dois princípios internacionais e, seis avisos envolvidos com seis recomendações nacionais. Realizou-se a correção das inadvertências pertinentes para os surdos, sendo o curso considerado acessível pela avaliação automática. Na etapa de distribuição houve a hospedagem do curso no ambiente virtual de aprendizado do Instituto UFC virtual (Ambiente SOLAR). Conclui-se que a construção de material educativo digital acessível para surdos é viável e necessária a essa população.(AU)