Publication year: 2021
Resumo:
Este estudo teve como objetivos identificar os significados da morte encefálica na perspectiva de enfermeiros e médicos de Unidades de Terapia Intensiva adulto e os significados do cuidado na perspectiva de enfermeiros e médicos de unidades de terapia intensiva adulto. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, de abordagem descritiva, exploratória, realizado com enfermeiros e médicos, que atuam em Unidades de Terapia Intensiva, junto ao paciente em morte encefálica. O grupo de participantes foi composto por 35 enfermeiros e 15 médicos, que atuam no cuidado ao paciente com morte encefálica. A coleta de dados foi realizada entre março a setembro de 2020, através de entrevistas semiestruturadas áudio-gravadas, que foram transcritas e organizadas no software Word. Foi realizada a análise de conteúdo pelas etapas de Creswell, com a utilização para a classificação e análise estatística dos dados qualitativos, o software IRaMuTeQ. Na análise das entrevistas, surgiram cinco classes dos participantes enfermeiros, que foram sistematizadas por representações gráficas, emergindo três categorias principais: Diagnóstico de Morte encefálica - a morte do cérebro, Protocolo de morte encefálica - direcionando o cuidado e Vivenciando o cuidado ao paciente com morte cerebral; e dos participantes médicos seis classes relacionadas entre si, que, emergiram quatro categorias nominadas conforme o significado do seu conteúdo: Morte encefálica, Cuidado ao paciente com morte encefálica, A morte encefálica em jovens, e Protocolo de morte encefálica. A morte encefálica foi caracterizada como incompatível com a vida, a morte do cérebro, perda das funções e atividades cerebrais. O seu diagnóstico foi descrito como algo normal que atende a cuidados em um protocolo seguro e sistematizado de exames e avaliações que considera a possibilidade da doação de órgãos. Considera-se que o cuidado na situação de um paciente com morte encefálica para enfermeiros e médicos é um evento triste, justamente ao presenciar a dor da família, bem como o sofrimento que perpetua o momento.
Abstract:
This study aimed to identify the meanings of brain death from the perspective of nurses and doctors in adult intensive care units and to verify the meanings of care from the perspective of nurses and doctors in adult intensive care units. It is a qualitative study, with a descriptive, exploratory approach, carried out with nurses and doctors, who work in Intensive Care Units, with the patient in brain death. The group of participants was composed of 35 nurses and 15 doctors, who work in the care of patients with brain death. Data collection was carried out between March and September 2020, through semi-structured audio-recorded interviews, which were transcribed and organized using Word software. The content analysis was performed using Creswell steps, using the IRaMuTeQ software for the classification and statistical analysis of qualitative data. In the analysis of the interviews, five classes of nurse participants emerged, which were systematized by graphic representations, with three main categories emerging: Brain Death Diagnosis - brain death, Brain death protocol - directing care and Experiencing care for patients with death cerebral; and from the medical participants, six related classes, which emerged, four categories named according to the meaning of their content: Brain death, Care for brain death patients, Brain death in young people, and Brain death protocol. Brain death was characterized as incompatible with life, brain death, loss of brain functions and activities. Its diagnosis was described as something normal that meets care in a safe and systematic protocol of exams and evaluations that considers the possibility of organ donation. It is considered that care in the situation of a brain-dead patient for nurses and doctors is a sad event, precisely when witnessing the family's pain, as well as the suffering that perpetuates the moment.