Satisfação profissional: enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação

Publication year: 2012

As exigências do mercado de trabalho nas últimas décadas, vêm consumindo a energia física e mental dos trabalhadores, abalando a sua dedicação e motivação. Como consequência os níveis de desempenho e de produtividade, podem resultar numa insatisfação, que no caso dos enfermeiros, particularmente nos especialistas em reabilitação, podem mesmo reflectir-se na qualidade dos cuidados prestados. Nesta perspectiva, o objectivo geral deste estudo consiste em analisar a satisfação profissional dos enfermeiros de reabilitação e identificar as variáveis que interferem nessa satisfação.

Metodologia:

Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, correlacional, de corte transversal e retrospectivo. A amostra é do tipo não probabilístico acidental, constituída por 62 enfermeiros especialistas em reabilitação, a exercer funções em instituições de saúde do centro do país. O instrumento de colheita de dados integra, para além da caracterização sociodemográfica e profissional, o Maslach Burnout Inventory – General Survey (MBI-GS), o Inventário Clínico de Auto-Conceito e o Índice Descritivo do Trabalho (JDI).

Resultados:

O estudo mostra que as mulheres se encontram mais satisfeitas que os homens (76.2% 70.0%), contudo as diferenças não são significativas. À maior Idade corresponde maior grau de satisfação pelos Enfermeiros de Reabilitação, sendo a idade responsável por 6.7% da variância da satisfação profissional. Verificamos ainda que os enfermeiros que exercem funções especializadas, que só trabalham num único local, e que têm um contrato de trabalho por tempo indeterminado são os mais satisfeitos, contudo as diferenças encontradas não são significativas. Já os que que praticam Roulement apresentam maior satisfação profissional face aos que trabalham em horário fixo, sendo as diferenças estatisticamente significativas. Constatámos ainda que 3.2% dos participantes, está em burnout, tem uma média de autoconceito de 70.08, sendo o valor médio do sexo masculino superior ao do sexo feminino. Os resultados obtidos evidenciam associação negativa com o auto-conceito.

Conclusão:

Constatamos que a maioria dos enfermeiros especialistas se apresentam satisfeitos com o trabalho que realizam (74.2%), contudo 25.8% não se encontra nem satisfeito, nem insatisfeito. Apesar disso, pensamos que devem ser implementadas estratégias de intervenção que melhorem a satisfação no trabalho, promovam a saúde e o bem-estar dos enfermeiros de reabilitação, tendo também em vista a melhoria dos cuidados prestados.
The demands of modern life and the labor market in recent decades have been consuming the physical and mental energy worker, shaking his dedication and motivation. As a consequence may decrease the levels of performance, productivity, result in dissatisfaction, and may even, in the case of nurses, particularly in rehabilitation specialists, reflected in the quality of care. In this context it is pertinent to identify levels of job satisfaction as well as the set of factors that impact on it.

General objective:

Analyze the job satisfaction of nurses rehabilitation which variables may contribute to the different degrees of satisfaction.

Methodology:

This is a quantitative, descriptive, correlational, cross-sectional and retrospective. The sample is non probabilistic accidental, consisting of 62 nurse experts in nursing rehabilitation, exercise functions in health institutions in the center of the country. The tool integrates data collection, in addition to sociodemographic and professional, the Maslach Burnout Inventory - General Survey (MBI-GS), the Clinical Inventory of Self- Concept and Description of Work Index (JDI). In the treatment statistic was used SPSS version 18.0 for Windows.

Results:

Analysis of the completion of the instrument for collecting data, found that women are more satisfied compared to men (76.2% 70.0%), but differences are not significant between the sexes. In the higher age corresponds greater degree of satisfaction with the Rehabilitation Nurses, and age accounted for 6.7% of the variance in job satisfaction. The nurses who functions as a specialist service, which only work in one place, and have a contract of indefinite duration are the most satisfied, however the differences are not significant. 3.2% of the sample appears nursing with an average burnout and self-concept of 70.08, and the average value greater than the male female. Nurses who have a schedule type roulement have higher job satisfaction compared to those working in fixed time, the differences being statistically significant.

We ask that the variables that significantly influence job satisfaction are:

age, time and type of self-concept. The results show a negative association with self-concept.

Conclusion:

From the results, contrary to what was expected, we found that specialist nurses have to be satisfied with their work (74.2%), and 25.8% are neither satisfied nor dissatisfied. In short, should be implemented intervention strategies to improve job satisfaction, promote health and well-being of nurses in rehabilitation, with a view to improving care, and studies should be conducted in this area with greater methodological rigor.