Avaliação de propostas educativas para a prevenção de DST/HIV em adolescentes: uso isolado e combinado de tecnologias

Publication year: 2014

O presente estudo tem por objetivo avaliar a aplicação de proposta educativa para prevenção de DST/HIV utilizando estratégias de site educativo e roda de conversa de forma isolada e combinada. Trata-se de um estudo avaliativo realizado em três escolas públicas de Fortaleza, Ceará, de dezembro de 2013 a janeiro de 20014.

As escolas receberam três tipos de estratégias educativas:

somente site educativo, somente roda de conversa e site educativo combinado a roda de conversa. Deste modo participaram do estudo 66 alunos na Escola A, 65 alunos na Escola B e 78 alunos na Escola C, totalizando 209 estudantes. Foi selecionado um site educativo disponível na internet e construiu-se um roteiro de roda de conversa para nortear a estratégia educativa. Os adolescentes antes da estratégia educativa e 30 dias após preencheram o instrumento de coleta de dados disponível online. O referido projeto foi aprovado pelo nº 466.420 de 11/11/2013. Os adolescentes apresentaram média de idade de 16,34 anos, eram mulheres em sua maioria, possuíam renda familiar de 1 a 2 salários mínimos, e eram principalmente católicos e evangélicos. 47,4% dos adolescentes tinham iniciado vida sexual, e o fizeram em média com 14,4 anos. O grupo que recebeu somente o site educativo apresentou melhores resultados apenas para os quesitos conversa com os pais sobre sexualidade e deseja realizar o teste rápido. O grupo que recebeu o site educativo e a roda de conversa apresentou resultados mais positivos para os quesitos conversa com o parceiro sobre o uso da camisinha e sobre a atitude de procurar o serviço de saúde. O grupo que recebeu somente a roda de conversa se destacou com relação aos quesitos conhecimento sobre HIV, negociação do uso de camisinha, a atitude de reconhecer a camisinha como método para prevenir DST/HIV, a intenção de usar camisinha para prevenir DST/HIV e o ato de achar importante buscar o serviço de saúde. Deste modo, o grupo que recebeu somente a roda de conversa como estratégia educativa, apresentou melhores resultados com relação a um maior número de quesitos e com índices superiores aos outros grupos. Isto mostra a importância dos recursos humanos na educação em saúde, ou seja, a presença do educador se mostrou neste estudo como essencial. Deste modo, o presente estudo concluiu que tecnologias educativas leves como a roda de conversa em uma única sessão para adolescentes foi mais eficaz na melhoria do conhecimento e da prática da promoção da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes. (AU)