Percepção do cuidador informal acerca do cuidar o doente com esquizofrenia

Publication year: 2012

Introdução:

A família sente vários tipos de dificuldades no cuidar o doente mental no domicílio. O conhecimento desta realidade é fundamental para melhorar a qualidade dos cuidados prestados. Neste trabalho identificamos aspectos, em que todos podem contribuir, para uma melhoria da saúde do doente e família.

Objectivo:

- Conhecer a opinião do cuidador informal quanto ao preconceito da esquizofrenia, no que se relaciona ao seu familiar; Saber se o cuidador informal já vivenciou sentimentos de preconceito da sociedade em geral, por ter um familiar com esquizofrenia; Verificar se o doente mental é agressivo para o cuidador informal; Saber se o cuidador informal compreende a sintomatologia apresentada pelo doente mental; Perceber se cuidar o doente mental provoca sobrecarga física, financeira e emocional ao cuidador informal.

Métodos:

Estudo de caso, qualitativo, de natureza fenomenológica. A amostra é constituída por um prestador de cuidados informal. A colheita de dados é feita através de uma entrevista semi-estruturada, sendo realizadas questões relativas ao cuidar o doente com esquizofrenia, especificamente a percepção acerca da sintomatologia, a sobrecarga familiar e o preconceito.

Resultados:

Verificamos que o cuidador informal, procura informar-se acerca da doença, demonstrou conhecer a sintomatologia apresentada pelo doente, referiu já ter sido agredido verbal e fisicamente pelo doente, identificou a incurabilidade e a perigosidade como únicos aspectos relativos ao preconceito da esquizofrenia e reconheceu o prejuízo nas relações sociais e de lazer, a interacção familiar com o doente e a preocupação com o futuro, como factores de sobrecarga familiar.

Conclusão:

Cuidar do doente com esquizofrenia causa sobrecarga física e emocional ao cuidador informal e a este, está também associado um elevado risco e mesmo situações de agressividade verbal e física por parte do doente.

Introduction:

The family of several types of difficulties in caring for the mentally ill at home. The knowledge of this reality is critical to improving the quality of care. In this study we identify ways in which everyone can contribute to improved health of the patient and family.

Objective:

To know the opinion of the informal caregiver as to the prejudice of schizophrenia, as it relates to his family; Whether the informal caregivers have experienced feeling of prejudice in society in general, have a relative with schizophrenia; Verify that the mental patient is aggressive to the informal caregiver; Whether the informal caregiver understands the symptoms presented by the mentally ill, caring for the patient to perceive mental overload causes physical, financial and emotional to the informal caregiver.

Methods:

A case study, qualitative, phenomenological. The sample consists of an informal caregiver. Data collection is done through a semi-structured interview, and conducted matters relating to care for the patient with mental illness, specifically the perception of symptoms, the family burden of mental illness and prejudice.

Results:

Regarding the main conclusions of this study, we found that the informal caregiver, seeks to inform themselves about the disease, demonstrated know the symptoms presented by the patient reported having been verbally and physically assaulted by the patient, identified only as incurable and dangerous aspects of prejudice recognized mental illness and impairment in social and leisure, family interaction with the patient and concern for the future, as factors of family burden.

Conclusion:

Taking care of the patient with schizophrenia cause physical and emotional burden to the informal caregiver and this is also associated with a high risk situations and even verbal and physical aggression by the patient.