Qualidade de vida de mulheres com câncer de mama em quimioterapia
Publication year: 2013
Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), domínios afetados das mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico. Estudo exploratório de corte transversal, realizado no Centro Regional Integrado de Oncologia e na Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza, instituições de tratamento para o câncer de mama. A coleta de dados foi através de instrumento de dados sociodemográficos e clínicas, a avaliação da QV com a aplicação dos Questionários EORTC QLQ – C30 (Versão 3.0) e EORTC QLQ BR 23, durante o período de abril a julho de 2012. Foi utilizado o SPSS 20.0 para a análise dos dados e revisado por um estatístico. Sendo os resultados apresentados em forma de tabelas e discutidas a luz da literatura existente. Participaram da amostra 145 mulheres com câncer de mama em quimioterapia, a média de idade encontrada foi 52 anos, 56,6% das mulheres tinham companheiro, 24,1% são domésticas ou do lar; 55,9% recebia, pelo menos, um salário mínimo. A maioria (86 ou 59,3%) procede do interior do estado, 60,7% mulheres apresentaram até 8 anos de estudo, caracterizando assim, baixa escolaridade na maioria da amostra estudada. Com relação aos dados clínicos, 43,4% das pacientes estava realizando a quimioterapia neoadjuvante, o restante adjuvante. O esquema mais utilizado foi TAC- Docetaxel + doxorrubicina + ciclofosfamida, em 37,2% das mulheres, com tempo de tratamento predominante menor do que 6 meses, em 66,9% das mulheres. Destaca-se que o escore da QVG resultou (76,14), o que significa que a QVG foi considerada razoável ou satisfatória pelas mulheres. A função mais afetada foi a emocional e encontrou-se que condição física e o tratamento provocaram alguma dificuldade financeira (Média= 41,83), na maioria das pacientes. Os sintomas com os maiores escores foram insônia (37,93), fadiga (36,01), perda de apetite (33,56). Com relação ao instrumento QLQ BR-23, o resultado mostra o escore EC= 50,07, significando que muitas mulheres apresentam efeitos colaterais da QT e a satisfação sexual prejudicada. Em suma, os resultados do presente estudo mostram o quão importante é avaliar a QV e os domínios mais afetados da paciente atendida em instituições de Fortaleza. É relevante avaliar o bem-estar físico, psicológico, bem como o físico, o social e o ambiental para a qualidade de vida. Com o estudo, pode-se corroborar com as práticas clínicas pertinentes e as proposições de políticas de saúde que satisfaçam o paciente como um todo. (AU)