Contextos educacionais e o aluno com necessidade especial [transtorno mental]: um desafio interdisciplinar marcado pela dialética exclusão/inclusão
Educational context and the student with special needs (mental disorder): an interdisciplinary challenge marked by the dialectic exclusion/inclusion
Publication year: 2005
O movimento da Educação Inclusiva, em alguns países, busca um enfoque que atenda aos alunos com necessidades especiais dentro do sistema educativo geral, por outro lado, internacionalmente, tem se entendido a educação inclusiva enquanto uma reforma que possa responder a diversidade entre todos os estudantes. Este estudo, no entanto, possui seu enfoque nas representações sociais da família do aluno com necessidade especial e, especificamente, no aluno com diagnóstico de Transtorno Mental e em tratamento psiquiátrico frente à perspectiva de sua inclusão na rede regular de ensino. Esses alunos estavam regularmente matriculados no Programa de Apoio à Educação Especial (PAEE) no município de Indaiatuba que buscava trabalhar em seu objetivo central, a política sóciopedagógica da Inclusão. Frente aos aspectos particulares que envolviam o tipo de estudo proposto, a pesquisa qualitativa foi a melhor opção, considerando a natureza do tema e sua configuração empírica. Dois Estudos de Caso de caráter qualitativo, de natureza descritiva foram realizados, baseados em entrevistas semiestruturadas e gravadas com duas mães de alunos. Ao se situar, as proposições da Educação Inclusiva em um contexto sócio-histórico, deve-se entender que em seu bojo apresenta-se uma nova forma de olhar e, portanto, entender a pessoa com necessidade especial, não cabendo mais, as concepções segregacionistas e os ideais integracionistas de outrora. Neste sentido, ao diferente, constituía-se uma rede paralela que o incluía, pela exclusão, demarcando-se, assim, um sistema de exclusão. Com as proposições da Educação Inclusiva, faz-se necessário a quebra de paradigmas e a assunção de que o lugar escolar implica um espaço de diversidade no qual a segregação de alunos e, entre outras questões, o distanciamento mútuo entre família e escola não é mais possível. Ainda, há uma necessidade premente de ações intersetoriais e de complementaridade de )ações, ampliando, os contextos sociais inclusivos, especialmente, se considerar que as políticas intersetoriais [educação x saúde x social] precisam ser revistas e ampliadas.
The movement of Inclusive Education, in some countries, searches for a focus which could assist students with special needs within a general educational system and, on the other hand, internationally, it has been understood as inclusive education, the reconstruction able to attend the diversity among the students. However, this study has its focus on the social representations of the student's family with special needs, and, specifically, aiming the student with mental disorder and under psychiatric treatment when dealing with its inclusion into de current network of teaching. These students are regularly enrolled in the Support Program for Special Education (SPSE) in the city of Indaiatuba objecting to work the social pedagogical policies of Inclusion. When facing the special aspects involving the type of proposed study, the qualitative research was the best option considering nature of the theme and its empirical delineation. Two qualitative descriptive case studies were performed, based on semi-structured and recorded interviews with two student's mothers. When inserting the proposals of the Inclusive Education in a social-historic context we must understand that its content presents a new way to conceive and, thus, to understand the individual with special needs, not allowing segregationist conceptions and the integrationist ideals of yesterday. Therefore, a parallel network existed for the different individual, to include him/her, by exclusion, delimiting an exclusion system. With the new proposition of the Inclusive Education, there is a need to break paradigms and to realize that school place involves a diversity space in which student segregation, and among other questions, the mutual distance between the school and the family, are no longer possible. There is still a need of intersectorial actions and complementary actions, extending social inclusion contexts, specially considering intersectorial policies (education x health x social) that must be reviewed and extended.