Avaliação da qualidade de vida e controle da pressão arterial em hipertensos complicados e não complicados

Publication year: 2005

Introdução:

Os métodos usados para reduzir a PA devem ser eficazes sem interferir na qualidade de vida do paciente.

Objetivo:

Avaliar a QV de hipertensos complicados e não complicados e associar com o controle da PA.

Casuística e Métodos:

Foram avaliados 77 hipertensos do serviço ambulatorial de um Hospital de Ensino no Brasil em 2002 (fase 1) durante um programa de atenção especial com duração de doze meses; e em 2005 (fase 2) após três anos do seu término. Os pacientes foram divididos em hipertensos complicados e não complicados que, em ambas as fases, responderam ao questionário específico de avaliação de QV para hipertensos de Bulpitt e Fletcher e ao SF-36.

Resultados:

Os dados mostraram aumento significativo da PA dos hipertensos complicados e não complicados da fase 1 (128/ 75 e 128/ 83mm Hg) para a fase 2 (143/ 84 e 144/ 93 mm Hg); diminuição do controle da PA de 70% nos hipertensos complicados e 78% nos hipertensos não complicados na fase 1 para 49% e 50%, respectivamente, na fase 2; escores significativamente mais elevados de QV (96,21) dos hipertensos não complicados do que os complicados (94,98), na fase 2, pelo questionário de Bulpitt e Fletcher e nas dimensões capacidade funcional, dor e vitalidade pelo SF-36.

Conclusão:

Uma atenção especial a hipertensos reduz a pressão arterial e aumenta o controle pressórico, sem interferir na QV. Esta, por sua vez, é influenciada pelas doenças associadas e à gravidade da hipertensão.

Introduction:

The antihypertensive treatment should reduce blood pressure, without interference in health-related quality of life (HRQL) Objective: To assess the hypertension control role in HRQL of complicated and non-complicated hypertensives.

Materials and Methods:

One-hundred and eleven hypertensives outpatients attending a 12-month special care program were assessed in two times: in 2002 (phase 1) and after three years, in 2005 (phase 2) by Bulpitt and Fletcher's Specific Questionnaire for HRQL assessment of hypertensives as well as the Medical Outcomes Study 36-item short-form Health Survey (SF-36). Seventy-seven of them showed up. The hypertensives were divided into complicated (DBP > 110 mm Hg for patients under treatment or not, with clinically evident target-organ or other associated) and non-complicated.

Results:

Complicated hypertensives showed lowering in bodily pain, vitality, and mental health component summary scores in phase 1 and 2. Non-complicated hypertensives, in phase 2, showed significantly better scores (p<0.05) than complicated hypertensives in Bulpitt and Fletcher's Specific Questionnaire for HRQL assessment of hypertensives and in the SF-36 assessment in the physical capacity, bodily pain, and vitality domains summary scores. Regarding hypertension control, there was a significant decrease (p<0.05) from phase 1 to phase 2 in the vitality component summary scores and an increase in the emotional aspect component summary scores assessed by SF-36 whereas Bulpitt and Fletcher's instrument did not show any differences.

Conclusion:

The lack of hypertension control poor the HRQL in complicated hypertensives