Catástrofe externa/emergência interna
Publication year: 2021
A probabilidade de ativação de um plano de emergência num hospital é atualmente, mais elevada, pois diferentes eventos tais como ataques terroristas, pandemias, ou sismos, que alteram a resposta normal do serviço de urgência pela desproporção entre as necessidades e os meios disponíveis.
A resposta deve ter como base uma ação coordenada, integrada, eficaz e eficiente por parte de todos os profissionais da instituição, materializada no plano de emergência hospitalar, sem o qual e em situação de catástrofe/exceção a resposta pode ser caótica, consistindo também numa ferramenta de avaliação, aprendizagem e melhoria.
Este estudo mostra-se pertinente e atual na medida em que pode ajudar a compreender a importância do plano na gestão dos meios humanos e materiais em situação de catástrofe/exceção, com os objetivos: Analisar os planos de emergência do CHUC; Hospitais da Universidade de Coimbra (Polo HUC) e Hospital Geral (Polo HG); Identificar aspetos essenciais da estrutura dos planos; Explorar o nível de conhecimentos dos enfermeiros na área do Plano de Emergência/Situação de Exceção; Detetar a importância da divulgação, formação e da revisão do plano; Identificar iniciativas formativas de prevenção, informação e sensibilização dos profissionais.
Atendendo à natureza do fenómeno a estudar e envolvendo uma entidade bem definida e contextualizada, bem como os objetivos estabelecidos optámos por uma metodologia qualitativa, recorrendo ao estudo de caso, do tipo descritivo, exploratório sem experimentação, com a participação de 23 enfermeiros. A colheita de dados foi feita através de entrevistas semiestruturadas, estabelecidos critérios de inclusão e exclusão, e salvaguardados todos os princípios éticos e deontológicos. A informação recolhida foi sujeita a análise de conteúdo tendo por base o método de Bardin. Este estudo evidencia a necessidade de melhoria no conhecimento do plano de emergência hospitalar (divulgação, planeamento/organização de formação continua e treino) de modo a haver um suporte mais alargado de conhecimentos no saber avaliar, priorizar na atuação em catástrofe.
Enquanto profissional de saúde, pretende-se contribuir para uma sensibilização dos diferentes responsáveis da importância da temática que não têm hora, nem dia marcado, mas acontecem.