Publication year: 2021
Problemática:
O nascimento do primeiro filho provoca transformações notórias em toda a dinâmica familiar, sendo um período desafiador e stressante para os pais, que são expostos a inúmeras mudanças, nomeadamente conjugal, familiar e social (Carvalho, 2020).
Objetivos:
Conhecer a perceção das mães primíparas sobre o impacto da transição para a parentalidade na relação conjugal.
Metodologia:
Estudo nível I do tipo exploratório-descritivo, amostra do tipo não probabilística, em bola de neve, constituída por 53 mães que experienciaram pela primeira vez o nascimento do filho. O estudo teve parecer favorável pela Comissão de Ética da Unidade Investigação em Ciências da Saúde:
Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Em todo o estudo foi garantida a confidencialidade das participantes, pelo anonimato da identidade e dos dados obtidos, onde ao submeterem o questionário, através do Google forms, assumiam a participação no estudo de forma esclarecida e consentida. O questionário foi dividido em três grupos de questões, nomeadamente dados sociodemográficos, dados obstétricos e questões de resposta aberta, que foram analisadas de acordo com Análise de Conteúdo de Bardin (2011).
Resultados:
Da análise dos resultados emergiram quatro categorias principais: Redefinição de papéis; Alteração da conjugalidade; Alteração na vivência da sexualidade; Necessidade de apoio à dinâmica familiar.
Esta transição, como descrito pelas primíparas e apoiado pela evidencia científica leva a uma reorganização de papéis e reestruturação de competências pessoais e sociais.
Foi possível compreender os sentimentos e preocupações das primíparas e a forma como esta mudança de papel e de competências influencia na relação com o companheiro.
Neste contexto, concluiu-se que o nascimento do primeiro filho, está relacionado com esta nova readaptação papéis de esposa e de esposo ao papel de pai e de mãe. Foi também possível realçar a importância e a necessidade de intervenção do EESMO no período pré e pós-parto.
