O conversar com crianças de creches segundo educadoras/cuidadoras
The chatting with children of nurseries according to their educators/child-caregivers
Publication year: 2001
Creches são instituições nas quais crianças de 0 a 6 anos de idade são cuidadas durante o dia retornando para sua casa logo após. Surgiram ho Hemisfério Ocidental como decorrência da Revolução Industrial e podem ser classificadas como sendo predomiantemente assistencialistas ou educativas, a depender de sua trajetória histórica. Considerando a impotância de se cuidar das crianças que freqüentam estas instituições e que saúde e oportunidade de desenvolvimento estão intimamente interligadas propôs este trabalho, que tem por objetivo conhecer junbto à educadoras/cuidadoras de creches suas representações a respeito do ato de conversar com crianças de o0 a 3 anos de idade. A pesquisa foi realizada na creche Oeste da Universidade de São Paulo (USP), cidade de São Paulo. Entendemos a importância da linguagem a partir dos pressupostos de Wallon, ou seja, que é veículo para expressão do pensamento e ao mesmo de sua estruturação. A pesquisa consistiu de entrevistas abertas realizadas com educadoras/cuidadoras e conduzidas até se obter saturação de categorias. os discursos obtidos foram analisados quanto a seus temas e posteriormente segundo os referenciais de Henri Wallon e Serge Moscovici, das Representações Sociais. Como resultados obtivemos que conversar com a criança de 0 a 3 anos de idade é visto como extretamente importante pelas educadoras/cuidadoras podendo ser subdividido em três categorias principais: por que conversar com a criança, a técnica deste conversar com a criança e a conversa propiciando um ambiente facilitador para o desenvolvimento infantil. As educadoras veiculam representações de que a criança é merecedora de respeito e atenção. de que o cuidado é menos importante do que o educar, e de que, creche e família eventualmente vivem situações de confronto quanto à educação e cuidado da criança. As evidências veiculadas pelos discursos indicam que as educadoras/cuidadoras utilizam-se adequadamente da ) conversa com as crianças.
Nurseries are institutions in which 0 to 6 years'-old children are taken care of during the day and returning home soon after. They emerged in the Western Hemisphere deriving from the Industrial Revolution and can be classified as being predominantly assistential or educational, depending on their historical trajectory. Considering the importance of caring for those children who frequent these institutions and that health and growth opportunity are closely combined, this task was proposed with the aim of finding out from educators/child care nurses, their representations with respect to the act of chatting with 0-to-3-years's-old children. The research took place in the West Nursery of the Universidade de São Paulo (University of São Paulo - "USP"), city of São Paulo. We understand, from Wallon's assumptions the importance of the language, i.e. that it's a vehicle for expressing thought and at the same time its structure. The research consisted of open interviews taking place with educator/child-care nurses and carried out until reaching the saturation of categories. The discourses obtained were analyzed as to their themes and, following that, according to Henri Wallon's and Serge Moscovici's referential of the Social Representations. The results we obtained were that chatting with a 0-to-3-years-old child is seen by the educators/child-care nurses as being extremely important, with the possibility of subdividing this into three main categories: why chat with the child, the technique of this chat with the child and the chat favoring a facilitating ambiance for the child's development. The educators transmit representations that the child deserves respect and attention, that the care is less important than the education and that nursery and family eventually undergo confrontation situations concerning the education and care of the child. The evidence transmitted by the discourses indicates that the educators/child-care nurses adequately avail themselves of the chat with the children.