Galveston Orientation and Amnesia Test: validação, aplicabilidade e relação com a Escala de Coma de Glasgow
Galveston Orientation and Amnesia Test: validation, aplicability and the relationship with the Glasgow Coma Scale
Publication year: 2002
A amnésia pós-traumática é um distúrbio freqüente em vítimas com trauma crânio encefálico (TCE) sendo sua duração considerada um forte indicador de gravidade do TCE contuso e um seguro preditor de capacidade funcional. A duração e o término da amnésia pós-traumática têm sido, nos últimos anos, avaliados pelo "Gaveston Orientation and Amnesia Test". Esse instrumento, traduzido e validado no atual estudo, foi renomeado, em língua portuguesa, como Teste de Amnésia e Orientação de Galveston (TAOG). Sua aplicação em 73 vítimas de TCE contuso, juntamente com a avaliação do nível de consciência pela Escala de Coma de Glasgow (ECGI), permitiu verificar as propriedades de medida do TAOG, analisar sua aplicabilidade e identificar as relações entre os resultados obtidos nos dois instrumentos. A confiabilidade verificada pelo Alfa de Cronbach resultou em 0,76, valor suficiente para atestar consistência interna satisfatória do instrumento. Houve evidências de validade convergente e discriminante do TAOG. Com relação à aplicabilidade desse instrumento, o mesmo pôde ser aplicado nos pacientes com ECGI '> ou =' 12, porém o término da amnésia pós-traumática foi verificado nos pacientes com ECGI '> ou =' 14. Quanto às relações entre os resultados obtidos no TAOG e na ECGI, correlação significativa ('r IND. s'=0,65) foi verificada entre essas medidas, no entanto, em 47,2% dos casos o fim da amnésia foi indicada antes ou após pontuação 15 na ECGI. As diferentes formas de relação entre término de amnésia e alteração da consciência observadas oferecem indícios de questões adicionais sobre os déficits cognitivos que ocorrerem após TCE.
Post-traumatic amnesia (PTA) is a very frequent disturbance in victims with traumatic brain injury (TBI), that its length has been regarded a strong index of severity of closed TBI and a safe predictor of outcome. The length and the end of PTA have been evaluated in the last years by the Galveston Orientation and Amnesia Test (GOAT). This scale was translated, validated in the present study, renamed in portuguese as "Teste de Amnésia e Orientação de Galveston" (TAOG). It was applied to 73 patients whith closed TBI, as well as measuring their level of conscienceness, tested by the Glasgow Coma Scale (GCS), which allowed to check the GOAT´s efficiency as a test, its aplicability and to identify the relationship between both tests. The confiabiality was checked by the Cronbach's Alfa, that resulted in 0,75, enough value to garantee sactisfatory internal consistency of the Test. TAOG showed either convergent and discriminant validity. In relation with its aplicability, GOAT could be used in patients with GCS '> or =' 12, but the end of PTA was observed in patients with GCS '> ou =' 14. The relations between the scores presented in GOAT and GCS, a significant correlation ('r IND. s' = 0,65) was verified between these tests, however, in 47,2% the end of the amnesia was showed before or after GCS = 15. The different relationship between the end of amnesia and observed conscience's alteration, offers signs of aditional questions about cognitive deficits that happens after TBI.