Fatores que influenciam as atitudes e práticas de enfermeiros em relação a inclusão da família no cuidado de enfermagem em saúde mental
Factors that influence the attitudes and practices of nurses in relation to the inclusion of the family in care of nursing in mental health
Publication year: 2021
Desde a reforma psiquiátrica a família é parte fundamental para o tratamento em saúde mental, assim é necessário que os serviços de saúde e principalmente os profissionais estejam preparados para incluir as famílias dos pacientes na sua prática de enfermagem. Muitos fatores contribuem para o trabalho com as famílias, a crença que o profissional tem sobre a importância da mesma, a cultura organizacional e a própria família por isso é importante conhecer quais são os fatores que influenciam no trabalho com as famílias em saúde mental. O objetivo desse trabalho foi conhecer a atitudes e prática de enfermeiros brasileiros em relação às famílias de portadores de transtornos mentais e verificar se existe relação com as variáveis sociodemográficas e educacionais dos enfermeiros no trabalho com as famílias. Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal e correlacional com enfermeiros brasileiros, a amostra é do tipo não probabilística, os instrumentos foram a "Escala de Prática da Enfermagem Familiar" (FNPS) e a escala "A Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem - Atitudes dos Enfermeiros" (IFCE-AE) além de um questionário sócio demográfico e de formação. A coleta de dados foi realizada em grupos de enfermagm na rede social Facebook. A análise dos dados se deu por meio de uma análise descritiva dos dados, após isso utilizamos o teste de Mann-Whitney, Kruskall Wallis e a Correlação de Spearman, para correlacionar os instrumentos com as variáveis sócios demográficos e de formação, em todas as análises foi utilizado o programa R com o nível de significância adotado de 5% (α = 0.05). Participaram do estudo 70 enfermeiros, sendo a maioria mulheres, com média de idade de 35 anos e solteiras. Após os testes obtivemos uma correlação entre ser professor de enfermagem e a sub escala fardo da IFCE-AE e ter filhos também com a sub escala IFCE-AE, a análise também nos mostrou que enfermeiros que falam raramente com as famílias tem uma percepção diferenciada das famílias quando comparamos aos que falam com mais frequência, além disso enfermeiros que tem mais tempo de atuação tiveram resultados mais positivos em relação as famílias. Os resultados desse trabalho vão de encontro a outros trabalhos publicados em outros cenários, se faz necessário a realização de uma formação em famílias desde o ensino de graduação pautado no grupo e não nos modelos individuais, que valorize e reconhece a família como objeto de cuidado, também é necessário que os profissionais sejam estimulados a mudar sua prática em pró das famílias
Since the psychiatric reform, the family is a fundamental part of mental health treatment, so it is necessary that health services and especially professionals are prepared to include patients' families in their nursing practice. Many factors contribute to working with families, the belief that the professional has about its importance, the organizational culture and the family itself, so it is important to know what factors influence the work with families in mental health. The objective of this study was to understand the attitudes and practice of Brazilian nurses in relation to families of people with mental disorders and to verify whether there is a relationship with the sociodemographic and educational variables of nurses in their work with families. This is an observational, cross-sectional and correlational study with Brazilian nurses, the sample is of the non-probabilistic type, the instruments were the ''Family Nursing Practice Scale (FNPS)'' and the scale "The Importance of Families in Nursing Care - Attitudes of Nurses (IFCE-AE)'' in addition to a socio-demographic and training questionnaire. Data collection was carried out in nursing groups on the Facebook social network. Data analysis was carried out through a descriptive analysis of the data, after which we used the Mann-Whitney, Kruskall Wallis and Spearman Correlation test to correlate the instruments with the socio-demographic and educational variables in all analyses. the R program was used with the adopted significance level of 5% (α = 0.05). Seventy nurses participated in the study, most of them women, with an average age of 35 years and single. After the tests, we obtained a correlation between being a nursing professor and the IFCE-AE burden subscale and having children also with the IFCE-AE subscale. The analysis also showed that nurses who rarely speak to families have a different perception of families when compared to those who speak more often, in addition, nurses who have been working longer had more positive results in relation to families. The results of this work are in line with other works published in other scenarios, it is necessary to carry out training in families from undergraduate education based on the group and not on individual models, which values and recognizes the family as an object of care, it is also necessary that professionals are encouraged to change their practice in favor of families