Avaliação do estado nutricional do doente crítico internado na Unidade de Cuidados Intensivos

Publication year: 2019

Introdução:

Cuidar do doente crítico implica o controlo da qualidade dos cuidados prestados sendo o suporte Nutricional fundamental na sua evolução clinica. É fundamental a avaliação e implementação precoce da terapia nutricional através da formação das equipas interdisciplinares com a elaboração de planos de atuação, individualizados. Implica a avaliação do risco Nutricional e a aplicação das medidas necessárias face à sua evolução, tendo em consideração a avaliação física, laboratorial, antropometria e nutrição instituída assim como a resposta à mesma.

Este estudo teve como principal objetivo:

Avaliar o estado Nutricional do doente internado em Cuidados Intensivos relacionando com as medidas instituídas nesta área de intervenção.

Metodologia:

O estudo é quantitativo, descritivo e longitudinal, desenvolvido numa UCI de um Hospital Português. Foi desenvolvido um formulário de raiz, como instrumento de colheita de dados aplicado em três meses, totalizando a aplicação de 48 formulários.

Resultados:

A amostra trata-se de uma população envelhecida, com valor médio de internamento de 8 dias, em Risco Nutricional (MUST e NRS). Pela avaliação antropométrica não foram visíveis alterações significativas, exceto na diminuição dos valores da circunferência braquial. Há um aumento do número de doentes a realizar AE contrariamente à NP ao longo do internamento. Os valores laboratoriais sofrem alterações ao longo do internamento com maior expressão no valor do Bicarbonato.

Conclusão:

A evolução do estado Nutricional do doente crítico influencia a sua mais rápida recuperação. É fundamental uma avaliação cuidada e individual tendo em consideração a história clinica, a evolução da doença, valores laboratoriais, antropometria, exame físico, terapêutica nutricional instituída e evolução contínua da mesma mediante evolução clinica do doente, sendo essencial a existência de equipas interdisciplinares.

Introduction:

Caring for the critically ill patient implies the control of the quality of care provided and nutritional support is fundamental in their clinical evolution. The evaluation and early implementation of nutritional therapy is fundamental through the formation of interdisciplinary teams with the elaboration of individualized action plans. It implies the assessment of the nutritional risk and the application of the necessary measures in view of its evolution, taking into consideration the physical evaluation, laboratory, anthropometry and nutrition instituted as well as the response to it.

The main objective of this study was:

To evaluate the nutritional status of patients admitted to intensive care in relation to the measures instituted in this intervention area.

Methodology:

The study is quantitative, descriptive and longitudinal, developed in an ICU of a Portuguese Hospital. A root form was developed as a data collection instrument applied in three months, totaling the application of 48 forms.

Results:

The sample is an aged population, with an average hospitalization value of 8 days, at Nutritional Risk (MUST and NRS). The anthropometric evaluation showed no significant changes, except for the decrease in arm circumference values. There is an increase in the number of patients undergoing EN contrary to PN during hospitalization. Laboratory values change during hospitalization with greater expression in the value of Bicarbonate.

Conclusion:

The evolution of the nutritional status of critically ill patients influences their faster recovery. Careful and individual assessment is essential, taking into account the clinical history, the evolution of the disease, laboratory values, anthropometry, physical examination, instituted nutritional therapy and continuous evolution through the clinical evolution of the patient, and the existence of interdisciplinary teams is essential.