Isolamento de Contacto – Eficácia de uma formação

Publication year: 2019

Introdução:

As Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS) apresentam-se como uma temática inquietante, que cada vez mais, requer a atenção dos profissionais de saúde, no sentido da investigação, prevenção e educação populacional. Neste âmbito, visto que a pessoa em situação crítica se encontra particularmente vulnerável a IACS, nomeadamente às multirresistentes (MR) e provocadas por microrganismos epidemiologicamente importantes, este trabalho teve como objetivo global, conhecer a efetividade de uma formação nos conhecimentos e prática de cuidados dos enfermeiros.

Metodologia:

Quanto ao tipo de estudo realizou-se um estudo pré-experimental com desenho pré e pós com grupo único. Uma amostra de 20 enfermeiras responderam ao mesmo questionário em dois momentos distintos, antes e depois da uma formação. Igual estratégia foi adotada com 10 dessas inquiridas, com o intuito de as observar nas mesmas etapas suprarreferidas, recorrendo a uma grelha de observação. No estudo foram utilizados o Teste de Wilcoxon e o Teste T, ambos para amostras emparelhadas.

Resultados:

Este estudo revelou que as enfermeiras apresentavam uma média de idades de aproximadamente 34 anos, a média de anos na área de Enfermagem é de 11,65 anos. Da amostra, 90% referem ter formação na área de Controlo de Infeção, 44% refere ter obtido a mesma durante o curso de Licenciatura, 33% formação na Instituição e as restantes, em Mestrados, ou Especialidade. Ao avaliar os conhecimentos das enfermeiras sobre o cuidado ao utente em isolamento de contacto por Clostridium difficil e constatou-se uma melhoria dos mesmos após a formação, já acerca dos Microrganismos Multirresistentes (MR), a melhoria não foi estatisticamente muito significativa, uma vez que os mesmos já eram satisfatórios. Em relação aos comportamentos das enfermeiras após a formação, na segunda observação os resultados foram mais positivos, no entanto em termos inferenciais não foram muito significativos, visto a amostra ser reduzida e os comportamentos em ambas as observações se enquadrarem dentro de um perfil adequado.

Conclusão:

As enfermeiras que frequentaram a formação melhoraram os seus conhecimentos e práticas nos cuidados ao utente em isolamento de contacto.

Introduction:

Healthcare-Associated Infections (HAI) are a disquieting theme that increasingly requires the attention of health professionals in the sense of research, prevention andpopulation´s education. In this context, given that the person in a critical situation is particularly vulnerable to HAI, namely to multidrug-resistant and caused by epidemiologically important microorganisms, this work had as its overall objective, to know the effectiveness of training in the knowledge and practice of nursing care.

Methodology:

Regarding the type of study, a pre-experimental study with pre and post design with a single group was developed. A sample of 20 nurses answered the same questionnaire at two different times, before and after training. The same strategy was adopted with 10 of these respondents, in order to observe them in the same steps mentioned above, using an observation grid. The study used the Wilcoxon test and the T-test, both for paired samples.

Results:

This study revealed that the nurses had an average age of approximately 34 years; the average age in the Nursing area is 11.65 years. Of the sample, 90% reported having training in the area of Infection Control: 44% reported having obtained it during the degree course, 33% points out training at the institution they are in, and the rest in Masters, or at the Specialty (postgraduation). When assessing nurses’ knowledge of care for contact isolation patients by Clostridium difficile, it was found that they improved after training. As for Multidrug-Resistant Microorganisms (MRM), the improvement was not statistically significant, as they were already satisfactory. Regarding the nurses’ behaviors after the training, in the second observation, the results were more positive, but in inferential terms, they were not very significant since the sample was small and the behaviors in both observations fit within an appropriate profile.

Conclusion:

The nurses who attended the training improved their knowledge and practices in contact isolation care.