A deambulação na evolução do primeiro estádio do trabalho de parto: Intervenção do enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecológica
Publication year: 2019
O mecanismo de trabalho de parto como é conhecido na atualidade, é um mecanismo fisiológico inacabado que tem a sua origem há centenas de milhões de anos. A par das alterações físicas a assistência ao trabalho de parto sofreu transformações ao longo dos tempos, condicionadoras do desfecho do nascimento. A deambulação durante o trabalho de parto apoia a fisiologia do nascimento e melhora a experiência do parto para a mulher pois, favorece a irrigação do útero, as contrações são mais eficazes, diminui o tempo do trabalho de parto, ajuda o feto a adaptarse à bacia materna e alivia a dor. Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna Obstétrica e Ginecológica devem colocar a mulher e família no centro das decisões, prestar cuidados centrados na mulher, recém-nascido e família e privilegiar a promoção da saúde. Para tal, é necessário compreender as intervenções que promovem o papel ativo da mulher durante o trabalho de parto e parto, nomeadamente no que concerne à deambulação. Para compreender esta intervenção recorreu-se à revisão sistemática da literatura através da metodologia PI[C]O, tendo sido formulada a questão de estudo: “Quais as Intervenções do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstetrícia (I) junto da parturiente (P) no incentivo à deambulação para a evolução do 1º estádio do trabalho de parto (O)”? Através da análise da evidência obtida, verificou-se que a deambulação contribui para a evolução mais rápida do primeiro estádio do trabalho de parto e benefícios para a mãe e feto. No que concerne à contratilidade uterina esta é de maior amplitude e com repercussões no apagamento do colo, diminuição da duração do trabalho de parto, pela pressão do feto na pelve, diminuição da probabilidade de padrões anormais na frequência cardíaca fetal, alívio da dor da parturiente e aumento da liberdade de movimentos.
The mechanism of labor as it is known today is an unfinished physiological mechanism that has its origins hundreds of millions of years ago. Alongside the physical changes, the assistance to labor has undergone changes over time, conditioning the outcome of birth. Ambulation during labor supports the physiology of birth and improves the experience of childbirth because it favors the uterus, contractions are more effective, decreases labor time, helps the fetus to adapt. to the maternal basin and relieves the pain. Specialist Nurses in Obstetric and Gynecological Maternal Health Nursing should place women and families at the center of decisions, provide women, newborn and familycentered care, and favor health promotion. To this end, it is necessary to understand the interventions that promote the active role of women during labor and delivery, particularly about ambulation. To understand this intervention, a systematic literature review was used through the PI [C] O methodology, and the study question was formulated: “What are the interventions of the nurse specialist in maternal and midwifery nursing (I) with the parturient ( Q) in encouraging ambulation for the evolution of the 1st stage of labor (O) ”? Through the analysis of the evidence obtained, it was found that ambulation contributes to the faster evolution of the first stage of labor and benefits to the mother and fetus. About uterine contractility, it is more extensive and has repercussions on cervical erasure, decreased duration of labor, pressure of the fetus in the pelvis, decreased likelihood of abnormal patterns in fetal heart rate, relief of parturient pain. and increased freedom of movement.
