Publication year: 2014
Introdução:
no cenário nacional, as más condições de trabalho vivenciadas pelos trabalhadores de enfermagem caracterizadas pela inadequação de recursos materiais físicos e humanos em aspectos quantitativos e qualitativos têm favorecido inúmeros processos de desgastes, os quais comprometem a capacidadelaboral da força de trabalho em enfermagem, temporária ou permanentemente. Objetivo:
compreender a ação de gerenciar a força de trabalho em enfermagem incapacitada. Método:
trata-se de um pesquisa qualitativa fenomenológica realizada com 9 gerentes de enfermagem de hospitais públicos universitários brasileiros, das regiões norte, nordeste, centro-este, sul e sudeste. As entrevistas foram individuais, gravadas e os discursos foram transcritos e analisados segundo o referencial da fenomenologia social de Alfred Schütz. Resultados:
a partir da análise do estudo foi possível identificar duas categorias concretas do vivido: a experiência de gerenciar a força de trabalho incapacitada e a expectativa para a gestão de pessoas. A primeira categoria elucida o reconhecimento do contexto de adoecimento dos trabalhadores de enfermagem por parte das gerentes de enfermagem, a angústia que elas vivenciam para garantir a segurança do paciente e preservar a saúde dos trabalhadores de enfermagem, o prazer no trabalho gerencial e a organização do trabalho no contexto das incapacidades laborais. A segunda categoria evidencia os projetos de ação das gerentes de enfermagem, incluindo a construção de uma gestão mais participativa, o investimento em recursos humanos e ainda, o delineamento de novos caminhos. Considerações finais:
o presente estudo possibilitou a compreensão da ação de gerenciar a força de trabalho em enfermagem incapacitada sob a ótica de gerentes de enfermagem do cenário brasileiro, evidenciando a expectativa de gerentes, marcada não somente pela angústia e pelas dificuldades na organização do trabalho mas, pela expectativa de transformações num contexto tão preocupante da assistência à saúde brasileira
Introduction:
on the national scene, the poor working conditions experienced by nursing professionals, which is characterized by the inadequacy of material, physical and human resources in quantitative and qualitative terms, have contributed to numerous processes of wear and tear, which compromise the labor ability of the nursing workforce, temporary or permanently. Objective:
aimed at understanding the action of managing the incapacitated nursing workforce. Method:
It is a present qualitative study with a phenomenological approach which was carried out with nine nursing managers of Brazilian public university hospitals from the Northern, Northeastern, Midwestern, Southern and Southeastern regions. The interviews were individual, recorded and the statements were transcribed and analyzed according to framework social phenomenology of Alfred Schütz. Results:
from the analysis of the study, two concrete categories of the lived experience could be identified: the experience of managing the incapacitated workforce and the expectation for the personnel management. The first category elucidates the recognition of the context of the nursing workers’ illness by nursing managers, the distress they experience to ensure patients’ safety and to preserve the nursing staff’s health, the pleasure in managerial work, and the work organization in the context of labor incapacities. The second category demonstrates nursing managers’ action projects, including the construction of a more participatory management, investment in human resources, and even the outline of new ways. Conclusions:
the present study enabled the understanding of the action of managing the incapacitated nursing workforce from the perspective of nursing managers in the Brazilian scene, highilighting managers’ experience, marked not only by anguish and difficulties in work organization but also by the expectation for transformations in such worrying context of the assistance to Brazilian health.