A prática do aleitamento materno exclusivo na área de abrangência de um Centro de Saúde da Zona Centro
Publication year: 2014
O aleitamento materno exclusivo é definido pela OMS (2001), quando o bebé recebe
apenas leite materno (da mãe ou de outra pessoa) diretamente da mama ou extraído dela, e
nenhum outro líquido ou sólido à exceção de suplementos vitamínicos ou medicamentos.
Vários organismos defendem que a duração do AME durante os seis meses, em
detrimento dos três a quatro meses, permite um desenvolvimento ótimo do recém-nascido e
deve ser promovido.
Com a realização deste estudo pretende-se determinar a prevalência e a duração do
AME na área de abrangência do centro de saúde de Belmonte e conhecer os fatores favoráveis e
os que interferem com a prática do AME.
Para atingir os objetivos definiu-se um estudo descritivo simples, recorrendo-se à
abordagem qualitativa. Recorreu-se a uma amostra por conveniência, constituída por um total de
dez mães cujos bebés nasceram entre Maio e Julho 2013. Procedeu-se ao acompanhamento dos
bebés durante os três meses seguintes realizando-se colheitas de dados entre Agosto 2013 e
Janeiro 2014, utilizando a entrevista semiestruturada.
Os resultados revelam que a prevalência do AME ao quarto, ao quinto e ao sexto mês
foi, respetivamente, de 90%, 50% e 20%. Relativamente à duração do AME, 10% das mães
deixou de amamentar em exclusividade entre os três e os quatro meses, 30% entre os quatro e os
cinco meses, entre os cinco e os seis meses, 40% e a partir dos seis meses, 20%.
Os benefícios para a saúde do bebé foram os motivos mais frequentes apontados para a
prática do AME. O apoio profissional foi destacado como favorecedor do AME, na figura do
médico de família e enfermeiro do centro de saúde. Foi referida a importância da família, com
destaque para a avó materna, no entanto, os restantes familiares, foram referidos como
incentivadores ao abandono do AME. O cônjuge foi referenciado como facilitador da prática do
AME.
As dificuldades referidas durante a amamentação prendem-se com a pega incorreta, as
mamadas frequentes, a mastite e o mamilo plano ou invertido, sobressaindo também as críticas
e a pressão social para a introdução de novos alimentos.
Aos quatro meses foram apontados diversos motivos para a introdução de leite
adaptado, relacionados com a convicção de leite insuficiente, o choro do bebé e o cansaço da
mãe.
Aos cinco e aos seis meses o motivo mais evidenciado para o abandono do AME foi
maioritariamente o regresso das participantes ao trabalho, tendo sido também referido, a
necessidade da adaptação do bebé a novos alimentos.
The exclusive breastfeeding is defined by OMS (2001), when the baby receives only
breast milk (from the mother or other person) directly from the breast or extracted and no other
liquid or solid the exception of vitamins supplements or medications.
Several agencies argue that the duration of exclusive breastfeeding for six months,
instead of three to four months, allows the optimal development of new-born and should be
promoted.
The realisation of this study aims to determine the prevalence and duration of exclusive
breastfeeding in the coverage area of the health centre of Belmonte, identify the favourable
factors and factors that interfere to the practice of exclusive breastfeeding.
To achieve the objectives a simple descriptive study was setup, using qualificative
approach, for convenience a sample is resorted, comprising a total of ten mothers whose babies
were born between May and July 2013. Babies monitoring is carried during the three months
following performing data samples between August 2013 and January 2014, using the semi
structured interview.
The results reveal that the prevalence of exclusive breastfeeding to the fourth, fifth and
sixth months, was respectively, of 90%, 50% and 20%. Concerning the duration of exclusive
breastfeeding 10% of mothers stop breastfeeding exclusively between three and four months, 30
% between four and five months, between five and six months, 40% and from six months, 20%.
The benefits to the baby were the most frequent reasons for the practice of exclusive
breastfeeding. The professional support was highlighted as favouring breastfeeding, especially
in the figure of the family’s doctor and nurses from the health centre. Was also referred the
importance of family, especially the grandmother, remaining family, were reported as
supporters to abandonment of exclusive breastfeeding. The spouse was referenced as a
facilitator of practice of exclusive breastfeeding.
The difficulties mentioned during the breastfeeding hold with the incorrect handle, the
frequent feedings, and the mastitis and nipple plan or inverted, also projecting the criticism
related to social pressure for the introduction of food.
At four months, have indicated several reasons for the introduction of artificial milk,
related to conviction insufficient milk, the baby crying and fatigue or the mother.
At five and six months the reasons for the abandonment of exclusive breastfeeding was
mainly the return of participants to work and was also referred the necessity of the baby adapt to
new foods.