Resiliência em Crianças Institucionalizadas
Publication year: 2013
isco, proteção e, sobretudo, resiliência que segundo Anaut (2005) consiste fundamentalmente no desenvolvimento normal de uma criança perante circunstâncias dificeis e adversas, são temas presentes na pesquisa do trabalho que nos propusemos dedicar ao crescimento das crianças confindas numa instituição. O conceito de fator de risco já está delimitado, mas o fator de proteção ainda se misturam. Os fatores de risco referem-se aos fatores ambientais que aumentam a probabilidade de ocorrer algum efeito indesejável no desenvolvimento da criança ou jovem. Por outro lado os fatores de proteção estão associados às características da criança, diminuindo o efeito de risco. A resiliência está relacionada com fatores protetores individuais que trazem consequências positivas na criança exposta a fatores que tornam a criança menos vulnerável. Verifica-se que há crianças que perante uma adversidade, conseguem superar ou atenuar os fatores de risco. Com o objetivo de analisar as estratégias de resiliência em crianças institucionalizadas, realizamos um estudo quantitativo-descritivo, percebendo como a criança perante fatores de risco, isto é, os maus-tratos que sofreram antes da sua institucionalização, ultrapassam esses momentos marcantes. O estudo foi feito num grupo de 92 crianças institucionalizadas, pertencente ao distrito da Guarda com idades compreendidas entre os 10 e 18 anos, resultando que 71 crianças desse grupo estudado revelaram um nível elevado de resiliência, enquanto 21 desse mesmo grupo apresentavam um nível médio. Foram utilizadas como hipóteses de investigação a relação entre as variáveis sociodemográficas o género, idade, e escolaridade e as variáveis quanto aos sentimentos iniciais e atuais face à institucionalização. Concluiu-se que só o género influencia as estratégias de resiliência na criança institucionalizada.