Qualidade Vida do Idoso Institucionalizados
Publication year: 2014
O processo de envelhecimento da sociedade a nível mundial apresenta consequências e repercussões em todos os domínios da vida quotidiana. Este envelhecimento tem um impacto direto nas relações no seio familiar, na equidade intergeracional, no estilo de vida, na união familiar e apresenta, cada vez mais, repercussões no plano económico, no plano da saúde e por conseguinte no plano político. A qualidade de vida tem um significado que abrange e reflete o conhecimento, a experiência e os valores que o indivíduo adquire ao longo da sua vida. Na velhice, a qualidade de vida é avaliada de forma multidimensional, relacionada com critérios sociais e normativos, bem com intrapessoais, e que dizem respeito às relações atuais, passadas e prospetivas, entre o idoso, muitas vezes institucionalizado e o meio que o rodeia. A presente investigação teve como principal objetivo determinar a perceção que os idosos institucionalizados têm da sua qualidade de vida. Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, não experimental, transversal e descritivo-correlacional, em que a amostra foi constituída por 90 idosos institucionalizados no concelho da Guarda. Para a recolha dos dados, utilizou-se um formulário de caraterização sociodemográfica, o Índice de Barthel e a Escala WHOQOL – Bref. Com o presente estudo, pudemos constatar que os idosos percecionam melhor qualidade de vida no Domínio Social, seguindo-se o Domínio Ambiental, o Domínio Psicológico e por último o Domínio Físico. Como fatores determinantes da qualidade de vida dos idosos, identificámos a idade, o género, as habilitações literárias, a iniciativa da institucionalização, o tempo de institucionalização, o facto de receber visitas e o nível de independência que estes apresentam. Para aumentar a qualidade de vida do idoso institucionalizado é essencial, o bem estar fisico, psicológico e social. Assim, as instituições devem encarar o idoso como ser único, abordando-o de forma individual, permitindo que este se adapte à instituição nos seus timings e assim possa viver com qualidade de vida; a promoção da participação da família nas diferentes fases do processo de adaptação à institucionalização e a criação de programas e atividades para os idosos institucionalizados, de forma a manter a saúde, a independência, a autonomia, a auto-estima e por conseguinte, a qualidade de vida.
The process of aging in modern societies all over the world presents consequences and
repercussions in all plans of everyday life. Aging has a direct impact in relationships within
families, in intergenerational equity, in the way of life, in familiar ties. It also has more and
more reflections on economical, health and political fields. The quality in ways of living has a
meaning which reflects the knowledge, the experience and the values acquired along a life
time. In old age, wellbeing is evaluated in a multidimensional way related to social, normative
and interpersonal criteria, concerning present, past and prospective relationships between the
old person – commonly institutionalized – and his/her background.
The main target of this work is to determine the perception institutionalized elderly
have of their own quality of life. It conveys a quantitative non-experimental transversal and
descriptive correlational study, within a sample of 90 institutionalized old people in the region
of Guarda. It was used a formulary of socio demographic characteristics – Barthel indices and
WHOQOL scale - BREF.
So, it was showed that old people have a better perception of their wellbeing in the
social domain, followed by the background, the psychological and finally the physical one. As
determinant factors of wellbeing, they were identified age, gender, academic degree, initiative
and time of institutionalization, visitors and independency level.
To increase quality of life among institutionalized old people, physical, psychological
and social wellbeing is needed. Thus, institutions should face each old person as a unique
being, approaching him/her in an individual way, allowing him/her to adapt the institution in
his/her own timing, so that each of them could live with the desired quality of life. In the same
way, promoting families´ participation in the different steps of adaptation to the institution as
well as the creation of programmes and activities for institutionalized elderly should be
achieved to keep their health, independence, autonomy, self-esteem and, therefore, quality of
life.