Publication year: 2018
Introdução:
O Sistema Manchester de Classificação de Risco (SMCR) estabelece um tempo para o atendimento médico conforme o grau de urgência dos pacientes, a partir de um processo de tomada de decisão por registro eletrônico ou manual. Objetivo:
Avaliar o grau de confiabilidade, a acurácia e o tempo despendido para a realização do SMCR em registros eletrônico e manual. Método:
Estudo exploratório-descritivo de abordagem quantitativa, realizado com todos 43 (100%) enfermeiros do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP) que foram aprovados no curso de classificador do SMCR pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR). A casuÃstica do estudo correspondeu ao número total de casos clÃnicos simulados (37) validados e fornecidos pelo GBCR e ao número de casos aplicados para cada participante da pesquisa (4). A amostra foi estimada, para que se obtivesse um coeficiente kappa de Cohen maior ou igual a 0,5, confiança de 95% e poder de teste de 80%, considerando o número de pacientes classificados em cada nÃvel de prioridade clÃnica no HU-USP em 2016. A amostra foi composta por 10 participantes. A coleta de dados foi realizada, em duas fases, utilizando 20 casos clÃnicos simulados, os quais passaram por processo de avaliação junto a especialistas do GBCR. Na fase 1, foram entregues 4 casos para uso no registro manual e na fase 2, após aproximadamente, 4 semanas, os mesmos casos foram entregues para realização do SMCR por meio do registro eletrônico. A confiabilidade inter-avaliadores foi calculada pelo coeficiente kappa de Cohen e, em relação ao padrão ouro (acurácia), pela porcentagem de concordância. O tempo despendido foi analisado com o teste Wilcoxon-Mann-Whitney, considerando intervalo de confiança de 95% e valor de p menor que 0,05. Resultados:
O grau de confiabilidade foi igual para a escolha dos fluxogramas e dos discriminadores com o uso de ambos os registros e apresentou diferenças na determinação da prioridade e dos sinais vitais. A acurácia apresentou diferença estatisticamente significante, apenas, em relação aos sinais vitais. O tempo despendido para o registro do SMCR foi menor com o uso eletrônico. Conclusão:
O uso do registro eletrônico apresenta vantagens referentes à confiabilidade, acurácia e tempo despendido para a realização da classificação de risco, indicando a importância da adoção de tecnologias no processo de trabalho gerencial e assistencial nos serviços de saúde.
Introduction:
The Manchester Triage System (MTS) defines clinical priority by determining the maximum allowed waiting time for medical care for the different levels of urgency based on decision support process by electronic or manual registration. Objective:
Evaluate the degree of reliability, accuracy and time spent of the use of MTS with an electronic or manual registration. Method:
This is an exploratory-descriptive study applied for all (43) nurses of the University Hospital of the University of São Paulo (HU-USP) approved in the MTS classifier course by Brazilian Group of Risk Classification. The casuistry of the study corresponded to the total number of simulated clinical cases (37) and the number of cases applied to each participant (4). The sample were calculated to obtain a Cohen kappa coefficient equal to 0.5 or greater than it, 95% confidence and 80% test power, considering the number of patients classified in each clinical priority level at the HU-USP in 2016. The sample had 10 participants. Data were collected from the triage of 20 clinical cases. This clinical cases were evaluated by Brazilian Group experts. In phase 1, 4 cases were given for use in the manual registration. In phase 2, after approximately 4 weeks, the same cases were given for use in the electronic registration. The inter-rater reliability was calculated by the Cohen kappa coefficient. The accuracy (the comparison with the golden standard) was calculated by the concordance percentage. The efficiency was calculated by the Wilcoxon-Mann-Whitney test, with a 95% confidence interval and p-value less than 0.05. Results:
The degree of reliability was the same for the choice of flowcharts and discriminators with the use of electronic and manual registration. There were differences in reliability for determination of priority and the recording of vital signs. The accuracy presented a statistically significant difference only in relation to vital signs. The time spent with use the MTS was shorter with electronic registration. Conclusion:
The use of the electronic registration had advantages related to the reliability, accuracy and time spent to use the MTS, showing how important it is to adopt technologies in the manage and assistencial care working process of the health services.