Publication year: 2018
Introdução:
No ambiente do cuidado em saúde os atributos qualidade e segurança são imperativos para promover uma assistência segura, sendo necessário o fortalecimento de uma cultura de segurança. Objetivo geral:
Avaliar o clima de segurança na perspectiva de profissionais de saúde nas unidades de internação e terapia intensiva, em um hospital público especializado em cardiologia, no Município do Rio de Janeiro. Método:
Estudo quantitativo, exploratório-descritivo, com a participação de 391 profissionais de saúde. Os dados foram coletados entre abril e junho de 2018, empregando-se o instrumento Safety Attitudes Questionnaire (SAQ), traduzido e validado para a língua portuguesa/Brasil. Os achados foram analisados por intermédio da estatística descritiva e inferencial, com nível de significância de 5% e a confiabilidade do questionário pelo valor de de Cronbach. Resultados:
O instrumento mostrou-se confiável com valor total de 0,92, variando entre 0,70 e 0,80 nos domínios. Quanto à caracterização dos sujeitos, predominou o gênero mulher (75%) e os profissionais da equipe de enfermagem (53,88%). A média de idade correspondeu a 40,89 anos (dp=10,06), a maior parte (75,89%) atuava na especialidade de adultos, com média de tempo de trabalho na unidade de 9,77 anos (dp=6,98) e 64,09% mantinham o vínculo de estatuários. Em relação ao clima de segurança do SAQ, a média geral foi 66,6 (dp=15); entre os domínios o de Satisfação no trabalho apresentou o maior escore, média 80,79 (dp=19,56) e os menores escores foram observados nos domínios Condições de trabalho, média 61,19 (dp=27,69), Percepção da gerência da unidade 60,02 (dp=27,62) e Percepção da gerência do hospital 52,54 (dp=22,29). Na comparação entre os domínios e as variáveis sociodemográficas, houve diferença estatisticamente significante, em relação à categoria profissional, gênero, vínculo trabalhista, unidade de trabalho e idade. Conclusão:
Os achados evidenciaram que o clima de cultura de segurança apresenta fragilidades, especialmente, no que tange às questões gerenciais e às condições de trabalho, todavia os profissionais encontram-se satisfeitos com o trabalho executado. Foi possível apreender que as variáveis sociodemográficas influenciaram na percepção do clima de segurança, sobretudo, as relativas à categoria profissional, ao gênero e vínculo trabalhista. Outrossim, acredita-se que a compreensão do clima constitua-se em elemento propulsor para implementar ações de melhorias para uma assistência segura.
Introduction:
In the health care environment, the quality and safety attributes are imperative for promoting safe care, which requires the strengthening of a safety culture. General objective:
To evaluate the safety climate in the perspective of health professionals in the hospitalization and intensive care units, in a public hospital specialized in cardiology, located in the City of Rio de Janeiro. Method:
This is a quantitative and exploratory-descriptive study that included 391 health professionals. Data were collected between April and June 2018, using the Safety Attitudes Questionnaire (SAQ) instrument, translated and validated for the Portuguese language/ Brazil. The findings were analyzed through descriptive and inferential statistics, with a significance level of 5%, and the reliability of the questionnaire by the Cronbach value. Results:
The instrument proved to be reliable, with a total value of 0.92, ranging from 0.70 to 0.80 in the surveyed domains. As for the characterization of the individuals, the female gender (75%) and the professionals of the nursing team (53.88%) were prevalent. The average age corresponded to 40.89 years (sd=10.06), most (75.89%) worked in the adult specialty, with an average work time in the unity of 9.77 years (sd=6.98), and 64.09% maintained thestatutory bond. Regarding the SAQ safety climate, the overall average was 66.6 (sd=15); among the domains, Work satisfaction showed the highest score, average of 80.79 (sd=19.56), and the lowest scores were observed in the domains of Work conditions, average of 61.19 (sd=27.69), Perception of unit management, 60.02 (sd=27.62), and Perception of hospital management, 52.54 (sd=22.29). In the comparison between the domains and the sociodemographic variables, there was a statistically significant difference with regard to professional category, gender, employment bond, unit of work and age. Conclusion:
The findings highlighted that the safety climate culture has weaknesses, especially with respectto managerial issues and work conditions, but professionals are satisfied with work performed. It was possible to understand that the sociodemographic variables influenced the perception of the safety climate, especially those related to professional category, gender and employment bond. Moreover, it is believed that the understanding of the climate constitutes a driving element to help us implement improvement actions for safe care.