Relação terapêutica: enfermeiro e pessoa em fase final de vida

Publication year: 2012

Em enfermagem, cuidar pressupõe uma relação, que é em si terapêutica. Ao cuidar da pessoa em fase final de vida, estabelecer uma relação terapêutica torna-se premente, na medida em que as questões que rodeiam esta fase são de grande sofrimento para a pessoa, havendo necessidade de usar estratégias para facilitar a expressão de sentimentos e necessidades da mesma. Deste modo, a empatia na relação terapêutica pode ser vista como uma estratégia essencial. O enfermeiro ao colocar-se no lugar do outro, estando consciente de si próprio, poderá percepcionar e compreender mais facilmente as necessidades da pessoa.

Objectivo:

Analisar se a relação terapêutica com a pessoa em fase final de vida promove a empatia, e o modo como o enfermeiro a revela na relação, com recurso à revisão sistemática da literatura.

Metodologia:

Foi efectuada uma pesquisa na base de dados científica EBSCO (CINAHL Plus with Full Text e Medline with Full Text), de artigos científicos publicados em texto integral, entre 2000 e 2011, foram revistos 11 artigos em texto integral e destes foram seleccionados 5 tendo em conta a sua pertinência para o estudo. Após a revisão da literatura e sustentado pela evidência na prática em contexto de ensino clínico, foi constatado que na relação terapêutica, o enfermeiro necessita de desenvolver habilidades pessoais e de comunicação verbal e não-verbal para expressar empatia, de forma a demonstrar apoio perante a reacção emocional da pessoa, que exige a atenção do enfermeiro para a reconhecer. O reconhecimento da emoção e adequada intervenção permite que a pessoa encontre sentido para a vida, e que o enfermeiro desenvolva as suas competências relacionais e cognitivas
In nursery it requires a relationship, which is itself therapeutic. By taking care of the person in final stage of life, establishing a therapeutic relationship is urgent, as the issues during this phase are of great suffering, becoming necessary to use strategies to facilitate the person’s expression of feelings and needs. Thus, empathy in therapeutic relationship can be seen as an essential strategy. The nurse, by puting himself in the other’s place, conscious of oneself, can more easily recognize and understand one's needs, by being available and also by the person who feels confident.

Objective:

To evaluate if therapeutic relationship with the person in final stage of life promotes empathy, and the way the nurse reveals it in the relationship, using systematic literature review.

Methodology:

A research was developed in a scientific database EBSCO (CINAHL Plus with Full Text and Medline with Full Text) of scientific articles published in full text from 2000 to 2011; Eleven full-text articles were reviewed and five of them selected based on their relevance to the study. After reviewing literature and supported by practical evidence in a clinical teaching context, it was verified that in therapeutic relationship, the nurse needs to develop personal, verbal and non-verbal comunication skills to express empathy, in order to give support towards the person's emotional reaction, which requires the nurse’s attention to recognize it. Emotion’s recognition and an appropriate intervention allow the person to find meaning in life and enable the nurse to develop cognitive and relational skills