Simulação clínica no ensino da lesão renal aguda
Clinical Simulation in Teaching Acute Kidney Injury

Publication year: 2020

Introdução:

O processo de ensino-aprendizagem do século XXI, associado à promoção da segurança do paciente, exige o uso metodologias ativas. A lesão renal aguda (LRA) consiste no declínio abrupto da função renal, com mortalidade de 20-90% de pacientes críticos, cujo controle deve priorizar a prevenção por meio de protocolos clínicos e da capacitação dos profissionais de saúde para a sua identificação precoce.

Objetivo:

Avaliar o impacto do uso de duas estratégias de simulação clínica no processo de ensino-aprendizagem sobre a temática de LRA com alunos de enfermagem.

Método:

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo EEUSP (Parecer 3.324.558). Trata-se de estudo prospectivo de abordagem quantitativa, com delineamento experimental, desenvolvido em um centro universitário privado do município de São Paulo, com uma amostra de 321 alunos. Após construção e validação do cenário de simulação por peritos, a coleta de dados foi realizada mediante randomização dos alunos em dois grupos o grupo Controle (simulação clínica de alta fidelidade) e o grupo Experimental (simulação clínica com paciente estandardizado).

A estratégia de ensino foi avaliada por meio de um questionário de conhecimento aplicado em três tempos:

pré-teste, pós-teste e teste de retenção, da aplicação da escala Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning e da escala de Design da Simulação.

Resultados:

os resultados inferenciais mostraram que não foi possível constatar diferença entre os grupos Controle e Experimental quanto ao conhecimento e à satisfação, no entanto, observou-se maior grau de autoconfiança no grupo Experimental.

Conclusões:

As estratégias de simulação clínica de alta fidelidade (Controle) e com o paciente estandardizado (Experimental) não apresentaram diferenças estatisticamente significantes nos aspectos conhecimento e satisfação. Por outro lado, o cenário de simulação com paciente estandardizado demostrou maior porcentagem de acertos na comparação crescente da avaliação temporal e proporcionou aos alunos maior grau de autoconfiança.

Introduction:

The teaching-learning process of the 21st century, associated with the promotion of patient safety, requires the use of active methodologies. Acute kidney injury (AKI) consists of an abrupt decline in renal function, with mortality of 20-90% of critically ill patients, which control should prioritize prevention through clinical protocols and training of health professionals.

Objective:

To evaluate the impact of using two different strategies of clinical simulation in the teaching-learning process on AKI with nursing students.

Method:

The project was approved by the Research Ethics Committee of the Nursing School of the University of São Paulo - EEUSP (Opinion 3,324,558). It is a prospective study of quantitative approach, with experimental design, developed in a private university center in the city of São Paulo, with a sample of 321 students. After construction and validation of the simulation scenario by experts, data collection was performed by randomization of students into two groups - the Control group (high fidelity clinical simulation) and the Experimental group (clinical simulation with standardized patient).

The teaching strategy was evaluated by means of a knowledge questionnaire applied in three times:

pre-test, post-test and retention test and the application of the Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning scale and the Simulation Design scale.

Results:

the inferential results showed that it was not possible to identify any difference between the Control and Experimental groups regarding knowledge and satisfaction; however, a greater degree of self-confidence was observed in the Experimental group.

Conclusions:

The strategies of clinical simulation of high fidelity (Control) and with the standardized patient (Experimental) did not present statistically significant differences in the knowledge and satisfaction aspects. On the other hand, the standardized patient simulation scenario showed a higher percentage of hits in the growing comparison of the temporal evaluation and provided students with a higher degree of self-confidence.