Oclusões em cateteres venosos centrais de inserção periférica nos pacientes infantojuvenis em quimioterapia antineoplásica

Publication year: 2019

Pacientes infantojuvenis com câncer necessitam da rede venosa para a realização de diversos procedimentos, principalmente quimioterapia, sendo preciso optar por um acesso venoso seguro e de longa permanência. Este estudo aborda a utilização do cateter venoso central de inserção periférica. Apesar das vantagens deste cateter o seu uso pode estar relacionado à ocorrência de complicações, com destaque para as oclusões. O objetivo geral do estudo foi analisar a ocorrência de oclusões em cateteres venosos centrais de inserção periférica nos pacientes infantojuvenis em quimioterapia antineoplásica. Estudo de coorte retrospectiva, a partir de dados coletados em prontuários dos pacientes matriculados na oncologia pediatria no período entre 2013 e 2017 que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: prontuários de pacientes de 0 a 19 anos, de ambos os sexos que realizaram tratamento quimioterápico no contexto ambulatorial, através do cateter venoso central de inserção periférica, com ou sem complicações do decorrer do tratamento.

Foram critérios de exclusão:

prontuários de pacientes com histórico de coagulopatia prévia; prontuários com informações incompletas ou ausentes; prontuários de pacientes que não tenham retirado o cateter venoso central de inserção periférica no momento da coleta de dados; prontuários de pacientes que realizaram o tratamento quimioterápico hospitalizados. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa no dia 07 de março de 2018. Para coleta dos dados foi utilizado um formulário elaborado pela pesquisadora, com base na revisão de literatura, na Classificação Internacional do Câncer na Infância e nas recomendações da Infusion Nurses Society, contendo variáveis relacionadas aos dados sociodemográficos, clínicos e específicos sobre oclusão do cateter. As análises foram realizadas por meio dos testes Qui-quadrado, t student, Mann-Whitney e cálculo do odds ratio como medida de associação. Como resultados, o estudo apontou que 219 cateteres venosos centrais de inserção periférica foram inseridos em 156 pacientes, desses 214 (97,7%) foram a primeira opção de cateter. Os tumores sólidos foram mais frequentes (89,7%). A oclusão ocorreu em 64,4% desses cateteres, sendo seu principal motivo de retirada (28,8%). A oclusão apresenta associação estatisticamente significativa com o tempo de permanência do cateter, com o uso de ciclofosfamida, com o diagnóstico de neuroblastoma, metástase óssea e com o número de sessões de quimioterapia. Assim foi possível concluir que a oclusão é uma complicação de destaque e o cateter venoso central de inserção periférica pode ser usado para vários tipos de tumores, e é uma opção segura e eficaz para quimioterapia a longo prazo. A melhor compreensão dos fatores que aumentam o risco de oclusão e o perfil desses pacientes pode nortear a tomada de decisão do enfermeiro diante de intercorrências e orientar o cuidado na prevenção da oclusão.
Pediatric cancer patients need the venous network to perform various procedures, especially for chemotherapy, and it is necessary to choose a safe and long-term venous access. This study addresses the use of the Peripherally Inserted Central Venous Catheter. Despite the advantages of this catheter, its use may be related to the occurrence of complications, especially occlusions. The aim of this study was to analyze the occurrence of occlusions in peripherally inserted central venous catheters in pediatric cancer patients undergoing chemotherapy. Retrospective cohort study, data collected from medical records of patients enrolled in pediatric oncology between 2013-2017, that met the following inclusion and exclusion criteria: Inclusion criteria: medical records of pediatric patients who underwent chemotherapy treatment in the outpatient setting through the central venous catheter. peripheral insertion, with or without complications during the course of treatment; Exclusion criteria: medical records of patients with a history of previous coagulopathy; medical records with incomplete or missing information; who did not remove the peripherally inserted central venous catheter at the time of collection; medical records of patients who underwent hospitalized chemotherapy treatment. For data collection, a form prepared by the researcher based on the literature review, the international classification of childhood cancer and recommendations of the Infusion Nurses Society, containing variables related to socio- demographic, clinical and specific occlusion data, was used. The analyzes were performed using Chi-square, t student, Mann-Whitney and odds ratio calculations as an association measure. As a result, the study found that 219 peripherally inserted central venous catheters were inserted in 156 patients, of which 214 (97.7%) were the first catheter option. Solid tumors were more frequent (89.7%). Occlusion occurred in 64.4% of these catheters, being its main reason for withdrawal (28.8%). Occlusion is statistically significant associated with catheter length of stay, use of cyclosphamide, diagnosis of neuroblastoma, bone metastasis, and number of chemotherapy sessions. Thus it was concluded that occlusion is a major complication and the peripheral insertion central venous catheter can be used for various types of tumors, and is a safe and effective option for long-term chemotherapy. A better understanding of the factors that increase the risk of occlusion and the profile of these patients can guide nurses’ decision making in the event of complications and guide care in preventing occlusion.
Los pacientes con cáncer pediátrico necesitan la red venosa para realizar diversos procedimientos, especialmente para la quimioterapia, y es necesario elegir un acceso venoso seguro y a largo plazo. Este estudio aborda el uso del catéter venoso central insertado periféricamente. A pesar de las ventajas de este catéter, su uso puede estar relacionado con la aparición de complicaciones, especialmente oclusiones. El objetivo de este estudio fue analizar la aparición de oclusiones en catéteres venosos centrales insertados periféricamente en pacientes pediátricos con cáncer que reciben quimioterapia. Estudio de cohorte retrospectivo, datos recopilados de registros médicos de pacientes inscritos en oncología pediátrica entre 2013 y 2017 que cumplieron con los siguientes criterios de inclusión y exclusión: Criterios de inclusión: registros médicos de pacientes pediátricos que se sometieron a tratamiento de quimioterapia en pacientes ambulatorios a través del catéter venoso central. inserción periférica, con o sin complicaciones durante el curso del tratamiento; Criterios de exclusión: registros médicos de pacientes con antecedentes de coagulopatía previa; registros médicos con información incompleta o faltante; quién no retiró el catéter venoso central insertado periféricamente en el momento de la recolección; registros médicos de pacientes que se sometieron a tratamiento de quimioterapia hospitalizado. Para la recopilación de datos, se utilizó un formulario preparado por el investigador basado en la revisión de la literatura, la clasificación internacional del cáncer infantil y las recomendaciones de la Infusion Nurses Society, que contiene variables relacionadas con datos sociodemográficos, clínicos y de oclusión específica. Los análisis se realizaron utilizando Chi-cuadrado, t student, Mann-Whitney y cálculos de odds ratio como medida de asociación. Como resultado, el estudio encontró que se insertaron 219 catéteres venosos centrales insertados periféricamente en 156 pacientes, de los cuales 214 (97.7%) fueron la primera opción de catéter. Los tumores sólidos fueron más frecuentes (89,7%). La oclusión se produjo en el 64,4% de estos catéteres, siendo su principal motivo de retirada (28,8%). La oclusión es estadísticamente significativa asociada con la duración de la estancia del catéter, el uso de ciclofamida, el diagnóstico de neuroblastoma, metástasis óseas y el número de sesiones de quimioterapia. Por lo tanto, se concluyó que la oclusión es una complicación importante y que la inserción periférica del catéter venoso central puede usarse para varios tipos de tumores, y es una opción segura y efectiva para la quimioterapia a largo plazo. Una mejor comprensión de los factores que aumentan el riesgo de oclusión y el perfil de estos pacientes puede guiar la toma de decisiones de las enfermeras en caso de complicaciones y guiar la atención en la prevención de la oclusión.