Vivência da pessoa com patologia vascular submetida a amputação major: Revisão sistemática
Publication year: 2022
Toda e qualquer vivência é única, individual, subjetiva e influenciada por um variado conjunto fatores. A amputação de um membro inferior é um evento com potencial risco de vida, é também um evento que transforma a identidade da pessoa, o seu conceito de si mesma e a sua autoimagem (Madsen et al., 2016).
Tendo por objetivo sintetizar as melhores evidências disponÃveis sobre as vivências da pessoa com patologia vascular submetida a amputação major do membro inferior, foram incluÃdos estudos qualitativos, descritivos, exploratórios, estudos de caso e inquéritos, publicados no idioma inglês, espanhol ou português, de 1983 a 2022, que relatem as vivências de pessoas adultas submetidas a amputação major do membro inferior de etiologia vascular. Por vivência entende-se o ?(?) processo de organização da relação da pessoa com o seu cotidiano, com determinadas situações da vida (?)?, estando relacionadas a ?(?) mudanças, acontecimentos significativos, que provocam desacordo entre a consciência e a existência e que põem a pessoa diante da necessidade de escolha? (Jerebtsov & Prestes, 2019, p.680).
A avaliação da qualidade metodológica, a extração e sÃntese dos dados foram realizados através dos instrumentos e pressupostos da JBI, através dos quais se incluÃram 10 estudos, se obtiveram 213 achados, se constituÃram 15 categorias e 5 descobertas sintetizadas: Consciencialização da necessidade de Amputar; Mudança e diferença; Significado da Mobilidade; Condições facilitadoras; NÃvel de preparação e conhecimento dos profissionais
Existem lacunas na ação profissional dos enfermeiros, mais especificamente nas terapêuticas de enfermagem a implementar, para além das competências instrumentais. Desde o momento da tomada de decisão da amputação que é referenciado a falta de informação, fato que é realçado pelas pessoas amputadas ao longo de todo o processo que envolve a amputação de um membro e a adaptação a uma nova condição de saúde. Meleis (2010) afirma que a preparação, educar, é a terapêutica de enfermagem de eleição para criar condições para enfrentar uma transição, sendo que para que esta seja adequada é necessário tempo para a assunção de novas responsabilidades e desenvolver novas habilidades.