A perceção materna da autoeficácia na amamentação: Possíveis influências da satisfação conjugal

Publication year: 2018

Esta monografia incide sobre o estudo da autoeficácia materna na amamentação e satisfação conjugal. Por forma a descrever a autoeficácia/confiança materna na amamentação e, a satisfação conjugal durante a amamentação, e analisar a relação entre as duas variáveis referidas, foi desenvolvido um estudo quantitativo, descritivo e correlacional. Neste sentido, recorreu-se a um questionário online, que abordava a autoeficácia na amamentação, medida através da Escala da Autoeficácia na Amamentação (BSES-SF), e a Satisfação Conjugal, medida através da Escala de Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal (EASAVIC). Para caracterizar a amostra das 198 mães incluídas no estudo, colheram-se dados sociodemográficos. Verificou-se que amamentavam em média há 3,27 meses, tinham idade média de 32,47 anos, maioritariamente possuíam nível superior de escolaridade, estavam casadas ou em união de facto, coabitando com o companheiro há mais de 5 anos, sendo o/a filho/a atual o/a primeiro/a, em situação de emprego tal como o companheiro, com habitação própria e rendimentos superiores a 1500?. Os resultados demonstraram que a maioria das mães apresenta alta eficácia/confiança na amamentação, mais no domínio técnico (97,0%) que no domínio interpessoal (86,4%), apesar de se revelarem ?confiantes? ou ?muito confiantes? em ambos.

Também se identificou uma elevada satisfação conjugal em todas as dimensões estudadas:

na área ?Funcionamento Conjugal?, as mães referiram maior satisfação na dimensão ?Relações Extrafamiliares? (91,9%) e a menor satisfação na dimensão ?Tempos Livres? (66,7%); na área ?Amor?, as mães revelaram maior satisfação na dimensão ?Características Físicas e Psicológicas? (91,4%) e menor satisfação na dimensão ?Sexualidade? (82,3%). O estudo evidenciou uma correlação positiva, podendo assim afirmar-se que o aumento da autoeficácia na amamentação está diretamente relacionado com o aumento da satisfação conjugal. Os resultados sensibilizam para a necessidade de reflexão sobre as práticas em enfermagem e a relevância de adequar intervenções junto das mães/casais que vivem processos de transição para a parentalidade.